webmasterFetiesc participa de Encontro Internacional sobre Vida, Saúde e Trabalho*
“Quem luta pode perder, mas quem não luta, já perdeu” (Bertolt Brecht)
Nos dias 22, 23 e 24 de novembro de 2013, representantes da equipe da fetiesc participaram do 7º encontro Internacional da Rede Vida Viva, em Florianópolis/SC. O evento reuniu cerca de 60 pessoas de vários estados brasileiros e representantes de delegações internacionais de Moçambique, Turquia, Alemanha e Colômbia.
Convidada a integrar a Rede Vida Viva a FETIESC participou do evento com o diretor e Secretário Geral Landivo Fischer, o professor e Assessor da Escola Sindical Sabino Bussanello e a Assistente de Formação Aline Carlesso.
Os temas do encontro versaram sobre: i) plataforma internacional de formação da Rede Vida Viva; ii) conjuntura global e a tríade Vida-Saúde-Trabalho; III) troca de experiências entre as delegações presentes; iv) diagnóstico geral sobre os métodos de ação e planejamento (Mappins e Raio); iv) debate sobre novos temas geradores (empregabilidade, precarização, sustentabilidade); v) Plano de ação e calendário para 2014.
A troca de experiências possibilitou a explicitação da diversidade e riqueza do grupo. Percebeu-se que cada país readequou e reinventou o método educativo da Rede Vida Viva, moldando-o a sua especificidade e realidade local.
Na Alemanha o método desenvolveu-se a partir das experiências dos Comitês de Fábricas, interferindo e melhorando as condições de vida, saúde e trabalho em grandes empresas como a Mercedes, por exemplo.
Em Moçambique, o método adentrou as vilas e comunidades locais, envolvendo setores dos trabalhadores informais.
Na Turquia, o método avançou em alguns ramos de produção como químico e metalúrgico, fortalecendo os direitos dos trabalhadores.
Na Colômbia, o método transformou-se numa ferramenta decisiva de resistência e combate a repressão e as práticas autoritárias das classes empresariais e governamentais.
Já no Brasil, o método vem conseguindo intervir e melhorar alguns ambientes de trabalho, contrapondo-se as condições degradantes vividas por trabalhadores nos processos produtivos a partir da ação efetiva de sindicatos atuantes.
Portanto, o método demonstra que, em qualquer parte do mundo é possível diagnosticar e mudar a realidade de vida e trabalho dos seres humanos. Basta encontrar uma forma de envolver os trabalhadores no processo e leva-los a analisar e criticar sua realidade concreta. O método ajuda a ampliar os horizontes de reflexão e ação dos trabalhadores e trabalhadoras no planeta. Ou seja, ter saúde não é apenas evitar doenças, mas, garantir qualidade de vida para todos, principalmente, lá onde as pessoas passam a maior parte de suas vidas que são os ambientes produtivos e os locais de trabalho. Enfim, transformar estes ambientes produtivos e banir as práticas degradantes de trabalho é sim, cuidar da vida, saúde e bem estar da coletividade.
Em 2014 será um ano de muitas ações em defesa da saúde e qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras no mundo. O Plano de Ação aponta para a execução de uma gama de atividades pelas atividades proponentes. A FETIESC, por sua vez, assumiu a tarefa de levar a metodologia de formação da Rede Vida Viva para dentro de seus sindicatos; já a Rede Vida Viva, comprometeu-se a integrar as ações do Movimento em Defesa da Saúde, Segurança e Qualidade de Vida – MOVIDA para 2014.
(*) Sabino Bussanello é professor e assessor da Fetiesc, Itapema/SC
