Fetiesc

QUEM SABE MAIS, LUTA MELHOR !

“Já participei de várias atividades de formação sindical, mas nenhuma se comparou a estas que estou vivenciando aqui. A Fetiesc está de parabéns pela realização do curso de Formação de Formadores e pelos professores falarem a nossa linguagem” (participante do curso FF).

 Dos dias 06 a 08 de novembro de 2013, realizou-se na Escola Sindical da Fetiesc, em Itapema, a 2ª etapa do curso de Formação de Formadores. Com a temática: “Estratégias de Organização e Negociação Coletiva nos Sindicatos – Desafios, Ameaças e Oportunidades”, os 30 participantes puderam debater questões relacionadas ao mundo do trabalho; a negociação coletiva; os conflitos entre capital e trabalho; as relações entre dirigentes e base; bem como, os principais desafios e ameaças vividas, cotidianamente, pelo movimento sindical catarinense.

O processo de formação foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar da Fetiesc que foi formada pelos professores André Bevilaqua, Jairo Leandro Luiz Rodrigues, Mairon Edegar Brandes, Sabino Bussanello e pela Assistente de Formação Aline Carlesso. Os temas apresentados foram: Mudanças no Mundo do Trabalho e em Setores Produtivos nas Indústrias Catarinenses; Estratégias de Organização e Negociação Coletiva em Setores da Indústria Catarinense; Pré-condições para um Processo de Negociação Coletiva Vitoriosa e Plataforma de Lutas para o Movimento Sindical: Desafios, Ameaças e Oportunidades. Os participantes puderam aprender com as palestras, dinâmicas e exercícios realizados.

No segundo dia de curso os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar a experiência de um treinamento prático (simulação), através da representação de uma mesa de negociação coletiva entre os participantes. Divididos em grupos (4 de trabalhadores e 4 de empregadores), os participantes puderam preparar e apresentar argumentos de negociação coletiva. Posteriormente, puderam assistir-se, corrigir-se e autoavaliar-se enquanto atores do processo pedagógico. Ato contínuo, o grande grupo avaliava e comentava, sob a supervisão e orientação dos professores (que davam dicas sobre argumentos, dados, posturas e dúvidas dos participantes).

No terceiro dia o grupo se concentrou no debate dos desafios, ameaças e oportunidades do movimento sindical. Estudaram-se questões que rondam o sindicalismo como a terceirização, o fator previdenciário, a diminuição da jornada de trabalho e a manutenção e custeio do movimento sindical. Analisou-se ainda, a importância dos dirigentes sindicais desenvolverem novas estratégias de mobilização e organização da base de representação. Por fim, foram debatidas questões como a diferença entre quem é “dirigente” e “diretor”, “militante” e “militonto” e a “postura ética” do verdadeiro dirigente sindical.

Para quem coordena um processo formativo desta envergadura, percebe-se “como é importante para o movimento sindical e para seus dirigentes, conhecer as estratégias e táticas patronais. Saber analisar dados e números; poder argumentar e contra argumentar numa mesa de negociação; conhecer os limites e as possibilidades de avançar; enfim, de saber motivar a categoria, informá-la e mobilizá-la como retaguarda segura para os processos de reivindicação e luta coletiva”, destacam os professores que se envolveram no treinamento dos participantes.

Pelas manifestações colhidas, sentimos que o curso alcançou em cheio seus objetivos. Os resultados da aprendizagem nos surpreendeu, positivamente. Para alguns, “todos os dirigentes dos sindicatos deveriam fazer este curso, pois, aquilo que aprendemos aqui, não se aprende em qualquer lugar”, exclamou um dos dirigentes. Já outros, expressaram que “percebem na Fetiesc a verdadeira faculdade para o seu desenvolvimento pessoal e profissional”, aproveitando para enviar um recado aos demais que ainda não participaram de cursos de formação sindical. Para que possamos avançar nos trabalhos sindicais e de nossas entidades de classe, “precisamos nos qualificar e melhorar muito a nossa conduta como dirigente, pois, este curso abriu muito a minha mente para fazer o meu trabalho de base”, salienta convicto um dos participantes.

Com o lema: “quem sabe mais, luta melhor”, os participantes do curso saíram dispostos a desenvolver um sindicalismo alicerçado no trabalho de base, na representação do chão-de-fábrica, na participação democrática e na mobilização permanente da classe trabalhadora.

“Quando dinamizamos processos educativos bem planejados e pedagogicamente bem executados, não podemos duvidar que as pessoas voltem a se empolgar e entusiasmar. Ainda mais quando se tem um grupo sério, disciplinado e esforçado que faz da humildade e do companheirismo o vigor da luta coletiva” (Sabino Bussanello, coordenador do curso).

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