Fetiesc

Impasse na negociação coletiva dos trabalhadores têxteis e do vestuário

Não houve acordo na terceira rodada de negociação entre trabalhadores e patrões do setor Têxtil e do Vestuário, realizada ontem (13), na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, em Florianópolis. A Campanha Salarial Unificada dos trabalhadores é coordenada pela Fetiesc e reúne 15.500 trabalhadores do setor, nos municípios de Massaranduba, Indaial, Pomerode e Timbó. Com a argumentação de que “a lei não nos obriga a dar aumento real, apenas recompor a perda do poder aquisitivo”, os representantes do sindicato patronal, José Carlos Müller e Renato Valin, chegaram a reduzir os valores da proposta feita na segunda rodada de negociação, oferecendo 6,5% de reajuste salarial (antes era 6,62%), piso salarial inicial de R$ 867,00 e de R$ 962,40, na efetivação (após 90 dias).

A comissão de trabalhadores reforçou a proposta de um reajuste salarial de 6,74%, com 1,12% de aumento real sobre a inflação do período, piso salarial de R$ 880,00 na admissão e de R$ 980,00, na efetivação. Além disso, que o dia 25 de dezembro de cada ano não seja computado para efeito de férias coletivas e auxílio creche no valor de R$ 140,00. Ao final da reunião foi assinada a ata negativa da reunião, com a intermediação do Ministério do Trabalho e Emprego. Os Sindicatos dos Trabalhadores decidiram impetrar o dissídio coletivo de trabalho.

“É lamentável a resistência dos patrões em reconhecer o valor dos trabalhadores. O país nunca esteve tão bem, com pleno emprego. Vamos continuar com as campanhas unificadas dos trabalhadores, na busca por uma única Convenção Coletiva de Trabalho por categoria, no estado”, analisa o presidente da Fetiesc, Idemar Antônio Martini. Participaram da negociação, ainda, os presidentes dos Sindicatos dos Trabalhadores de Indaial, Aristeu Fava e a diretora Stephania Furlani; de Pomerode, Wolfgang Schumann; de Timbó, Norival Bona; o secretário geral do STIVestuário de Jaraguá do Sul (Masssaranduba), José Pedro Soares, o responsável pela subseção do Dieese na Fetiesc, economista Mairon Brandes, além do assessor jurídico da Fetiesc, Jairo Leandro Luiz Rodrigues.

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