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Mulheres precisam se amar mais

A vice-presidente do STIVestuário e vice-presidente da Fetiesc, Rosane Sasse falou sobre “Valorização e Autoestima” a centenas de mulheres em evento realizado no Centro de Convivência da Terceira Idade, no Parque Municipal de Eventos, numa promoção da Secretaria de Assistência Social e Habitação, Espaço Mulher o Comdim (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher) pela passagem do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Com grande experiência e participação no movimento feminista e das trabalhadoras, Rosane destacou a grande necessidade das mulheres gostarem de si mesmas, de se valorizarem e se darem sempre uma chance de resgatar os sonhos e os desejos de fazer alguma coisa. Dirigentes do STIVestuário, Adelaide Becker, Dorilda Formigari da Silva, Joelma Borges, Tatiane Biernazki e Rosane Silva acompanharam a palestra.

A valorização e a autoestima são componentes importantes na construção de uma mulher que busca a realização pessoal e profissional. Embora a felicidade seja algo que não existe para sempre, ela deve ser buscada em cada minuto de nossas vidas. Na avaliação de Rosane Sasse, as mulheres tendem a ter os mesmos problemas e o que muda “é o que a gente pensa da gente mesma”, afirma a sindicalista, que acredita no equilíbrio entre mulheres e homens para que o mundo evolua.

A mensagem de Rosane falou alto no espírito das mulheres presentes. Muitas concordavam com um aceno de cabeça a cada frase da palestrante. Dona Erica, dona de casa desde sempre, achou tudo muito certo. Mãe de 13 filhos, sendo 8 meninas, dona Erica nunca trabalhou fora porque cuidava da numerosa família. “Acho que as coisas melhoraram pra nós. Agora a gente conversa, escuta o que as outras pessoas falam e aprende. Antes a gente não sabia dos nossos direitos. Agora tem a comunicação e tudo melhora”, resumiu.

Mesmo com todas as conquistas e avanços, é imprescindível lembrar que as mulheres ainda ganham menos do que os homens (13% menos), trabalham mais e ainda são discriminadas no ambiente de trabalho. São as principais vítimas de assédio sexual e moral no ambiente de trabalho e milhares ainda sofrem violência doméstica. Pesquisa da Fundação Perseu Abramo e do Sesc revelou que cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos no Brasil, sendo 80% dos casos por parceiros.

O movimento sindical de Jaraguá do Sul sempre teve a preocupação de debater a questão de gênero. A categoria que mais congrega mulheres é a do Vestuário e por esse motivo o STIVestuário foi pioneiro na luta contra a violência de gênero e teve papel decisivo na instalação da Delegacia de Proteção à Mulher, efetivada em 2010 e até do próprio Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. O STIVestuário foi o primeiro Sindicato da região a criar um Departamento da Mulher, que existe até hoje.

Texto: Informa Editora

Imprensa Fetiesc

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