MOBILIZAÇÃO: Mulheres se prepararam para participar da ‘Marcha das Margaridas’

As principais pautas das mulheres trabalhadoras serão colocadas em debate no evento na capital federal

Um dos encaminhamentos da reunião entre o coletivo das mulheres, realizada na última quinta-feira (25/05), na sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), em Itapema, é que a entidade esteja representada na 7ª edição da Marcha das Margaridas, que acontece na Capital Federal, nos dias 15 e 16 de agosto, com o tema “Margaridas em marcha pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”.

Por unanimidade, os sindicalistas associados à FETIESC, declaram o apoio para que as mulheres trabalhadoras das indústrias catarinenses estejam representadas neste ato que é considerado como a maior mobilização de mulheres do campo e da cidade na América Latina, a expectativa é de essa edição supere a última, de 2019, quando se reuniram cerca de 100 mil mulheres.

O nome da marcha é uma homenagem à Margarida Maria Alves, sindicalista paraibana assassinada, há 40 anos, em 1983 por um matador de aluguel contratado por fazendeiros da região. Até hoje, nenhum acusado por sua morte foi condenado.

Conforme a Secretária da Diretoria da Mulher da FETIESC, Elfi Lemke, a representatividade feminina na organização sindical se faz muito importante para a construção da marcha deste ano, demonstrando a força da mulher neste contexto de reconstrução do país.

Lemke informa que durante os dois dias do evento em Brasília, as mulheres das cidades, do campo, das águas, e das florestas organizadas nos movimentos, estarão envolvidas com debates de suas principais reivindicações, além de feira de produtos que pautam os temas de geração de renda, autonomia  e trabalho. O evento culmina com a tradicional Marcha das Margaridas, que se constitui em uma caminhada de cerca de sete quilômetros até a Esplanada dos Ministérios. 

“Levaremos as nossas pautas até Brasília, visando participar da reconstrução do Brasil e de suas principais políticas públicas como de saúde, educação, previdência e assistência social, pelo fim da violência e do racismo contra as trabalhadoras, bem como pelo poder e pela nossa participação política”, completa Lemke.

O presidente da federação, Idemar Antonio Martini, pautará o assunto na próxima reunião dos departamentos químico e do vestuário de que forma a entidade viabilizará a participação das mulheres no evento.