No primeiro semestre de 2013 houveram 15 unidades de negociação na base da Fetiesc. Todas as negociações resultaram em aumentos salariais reais aos trabalhadores. Os reajustes reais obtidos no piso salarial foram maiores que os aumentos reais nos salários. A média dos reajustes reais obtidos nos salários foi de 1,09% e nos pisos de 3,55%. A taxa de reajuste real mais frequente nas séries foi de 0,78% nos salários e 3,63% nos pisos. O maior reajuste real obtido nos salários foi de 3,53% e o menor foi de 0,50%. Já nos pisos salariais, o maior reajuste real foi de 6,16% e o menor 0,91%. Segue quadro com a síntese dessas informações.
Reajustes Reais |
Salários |
Pisos Salariais |
|
(%) |
Valor (R$) |
(%) |
|
Média |
1,09 |
943,35 |
3,55 |
Menor |
0,50 |
807,00 |
0,91 |
Maior |
3,53 |
1.035,00 |
6,16 |
Moda |
0,78 |
1.000,00 |
3,63 |
Fonte: Dieese – Subseção na Fetiesc.
Por setores
Os sindicatos que tiveram database no primeiro semestre de 2013 foram das seguintes categorias: plásticos, químicos, têxtil e do vestuário, mestres e vidros. Para análise, os resultados dos mestres e vidros constituíram uma categoria classificada como “outros”. Seguem as categorias e os respectivos reajustes reais médios obtidos nos salários: plásticos (1,66%); químicos (0,96%); têxtil e do vestuário (0,98%); outros (0,78%).
Com relação ao piso salarial, seguem os valores médios (em R$) por categoria, com o respectivo reajuste real médio obtido: plásticos (R$ 1.000,00 e 3,82%); químicos (R$ 1.003,20 e 3,96%); têxtil e do vestuário (R$ 913,89 e 3,50%); outros (R$ 961,00 e 3,11%). Seguem os gráficos com as informações.
Fonte: Dieese – Subseção na Fetiesc.
Comparativo como o mesmo período do ano passado
Os reajustes obtidos no primeiro semestre de 2012 foram maiores do que os resultados do início deste ano. Para as mesmas 15 unidades de negociação, os reajustes reais médios nos salários e nos pisos foram de 1,94% e 6,46%, respectivamente. Cabe destacar que a taxa real média de reajuste do piso obtida no primeiro semestre de 2012 foi mais elevada do que a maior taxa de reajuste dos piso no mesmo período desse ano. Os menores reajustes reais obtidos no ano passado foram de 0,95% nos salários e 0,0% (sem reajuste) no piso. Os maiores reajustes reais médios foram de 4,79% no salário e 17,13% no piso. Os reajustes reais médios mais frequentes foram de 1,93% nos salários e 12,96% nos pisos. Segue tabela para comparação dos resultados das negociações nos dois semestres.
Reajuste Real (em %) |
2012 |
2013 |
||
Salário |
Piso |
Salário |
Piso |
|
Média |
1,94 |
6,46 |
1,09 |
3,55 |
Menor |
0,95 |
0,00 |
0,50 |
0,91 |
Maior |
4,79 |
17,13 |
3,53 |
6,16 |
Moda |
1,93 |
12,96 |
0,78 |
3,63 |
Fonte: Dieese – Subseção na Fetiesc
Diferentes fatores podem explicar o pior resultado obtido nas negociações do primeiro semestre desse ano com relação ao mesmo período do ano passado, mas destaca-se dois elementos: um crescimento mais baixo no PIB do ano precedente ao período da negociação e uma inflação mais alta no período. Em 2011 o PIB cresceu 2,7% e no ano passado a taxa real de crescimento foi de apenas 0,9%. Esse pode ter sido um elemento importante para que as negociações realizadas no primeiro semestre de 2012 resultassem em maiores ganhos para os trabalhadores do que as realizadas nesse ano, por um lado. Por outro lado, a taxa média do INPC nos primeiros seis meses de 2012, considerando a série das taxas acumuladas em 12 meses, foi de 5,32% e, no primeiro semestre desse ano foi de 6,82%. A inflação mais alta acaba absorvendo parte do potencial ganho real. Então, o ambiente para as negociações no primeiro semestre desse ano esteve marcado por um crescimento menor (-1,8 p.p.) no PIB e uma inflação média maior (+1,5 p.p.). Esses elementos parecem ser determinantes para explicar a diferença de, aproximadamente, 3 p.p. no reajuste real médio do piso e de 0,8 p.p. no reajuste real médio dos salários.