Fetiesc

Todas as negociações coletivas de trabalho asseguraram ganho real de salário, na Fetiesc

Todas as mais de 50 Convenções Coletivas de Trabalho negociadas pela Fetiesc e seus 43 Sindicatos filiados, no estado, asseguraram ganho real de salário aos trabalhadores e trabalhadoras, no ano de 2013. Esta levantamento foi apresentado à diretoria da Fetiesc pelo economista da Subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos), Mairon Brandes, durante a manhã de ontem (4), na sede da Federação, em Meia Praia. “100% das negociações obtiveram aumentos reais no salário”, reforçou Mairon, lembrando que no Brasil o percentual de ganho real caiu para 85,2% das negociações do 1º semestre, na indústria.

Mairon fez um comparativo das negociações conduzidas pela Fetiesc nos anos de 2012 e 2013. Enquanto no ano passado o reajuste médio, acima da inflação, ficou em 1,56% – um pouco abaixo do Brasil, que ficou em 2,32% -, nos 11 meses de 2013 a média foi de 1,15%. Os Pisos Salariais dos trabalhadores representados pela Federação obtiveram aumentos reais superiores – a média praticada no estado foi de 3,42%.

Na avaliação do economista do Dieese, as negociações salariais com os sindicatos patronais e a Fiesc foram “duríssimas”. No 1º semestre desse ano, Mairon atribuiu as dificuldades “à maior pressão inflacionária e à ofensiva patronal pelo arrocho salarial, com indisposição em negociar em alguns casos”. Já no 2º semestre “houve um ambiente melhor, em função dos avanços da economia e da queda da inflação. Superou-se a barreira de 1% de aumento real e manteve-se o reajuste nominal dos pisos salariais, com leve baixa de 10,73% para 9,82% e um ganho real médio de 3,42%. Para 2014, o economista do Dieese vislumbra a manutenção de um cenário favorável, com taxa desemprego estimada em 9% (Dieese/Seade), inflação de 5% a 5,5% (IPCA/IBGE), crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2% a 2,5% e produção industrial em alta, entre 1,5% a 2%.

Unificação positiva

Para o presidente da Fetiesc, Idemar Antônio Martini, “é preciso aglutinar ainda mais as entidades sindicais filiadas, de modo a fortalecer o grupo nas negociações”. Martini entende que as campanhas unificadas e o fechamento de uma única Convenção Coletiva de Trabalho, por Departamento, na Fetiesc, devem ser metas a serem seguidas. Na sua avaliação, o setor Plástico caminha nessa direção – “a tendência é de que o Sindicato dos Trabalhadores Plásticos de Joinville se integre à unificação, assim como as entidades dos setores do Papel e Têxtil e Vestuário”, disse. “Houve avanços por causa da unidade”, reforçou o presidente da Fetiesc, citando como exemplo o Piso Salarial, que passou para R$ 1.000,00, nos setores Plástico e Químico. “No setor do Papel, comandado por apenas nove blocos no mundo, ainda não conseguimos consolidar a unidade, mas caminhamos para uma Convenção Coletiva em nível nacional”, conclui Idemar Martini.

 

negoc3

webmaster

webmaster