Aconteceu no dia 11 de fevereiro uma reunião na FETIESC para discutir as condições de manutenção e reprodução da vida dos imigrantes haitianos que vivem em nosso estado. Participaram da reunião representantes de entidades da sociedade civil como a Cáritas Regional de Santa Catarina, a Ação Social Arquidiocesana (ASA), a Igreja Evangélica Luterana do Brasil, o Centro de Direitos Humanos de Itajaí, as Associações de haitianos das cidades de Itapema, Balneário Camboriú e Navegantes, além de pessoas que formam um grupo de apoio e solidariedade aos haitianos em Itapema.
As dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores imigrantes do Haiti não são diferentes das enfrentadas pelos brasileiros, mas intensificam-se pela dificuldade de comunicação (idioma) e pela distância dos seus familiares e do seu país, sua cultura. A FETIESC abriu as portas da entidade para esses trabalhadores que são admitidos de forma crescente nas indústrias do estado e, de acordo com sua missão, compromete-se em auxiliá-los e defendê-los para que consigam trabalhar e viver com dignidade nessa terra em que escolheram viver.
Entre as ações previstas, está a difusão da cartilha elaborada pela FETIESC sobre a legislação trabalhista vigente no Brasil. Ela será traduzida pelas lideranças das associações de haitianos que estão sendo constituídas e desenvolvendo-se nas cidades do litoral catarinense. Os trabalhadores haitianos têm muito a nos ensinar. Apesar do atraso no desenvolvimento do país, o Haiti é formado por uma população rica em sua história, espiritualidade e cultura. A solidariedade de classe trabalhadora fez-se presente nessa primeira reunião e deverá se fortalecer daqui em diante.