CRICIÚMA (26/05/2015) – Com aumento de 10% em todos os salários e 26,9% no abono salarial que passou de R$ 630,00 para R$ 800,00, terminou no final desta tarde a greve no ramo de flexíveis da indústria plástica da região de Criciúma e, ao mesmo tempo, firmada a convenção coletiva da categoria para os próximos 12 meses. Resta, ainda, a negociação coletiva dos trabalhadores das indústrias de descartáveis plásticos, que ocupam cerca de 4 mil postos de trabalho na região.
“Foi um exercício de muita paciência e uma engenharia financeira que consumiu praticamente toda a tarde desta terça-feira, mas acabou sendo uma operação interessante para os trabalhadores das indústrias de flexíveis”, definiu Carlos de Cordes, o Dé, ao avaliar a negociação com a classe patronal por quase cinco horas. A reunião encerrou a greve nas empresas de embalagens plásticas Canguru, CCS, ambas de Criciúma e Cristal de Morro da Fumaça. As produções pararam às 14h desta segunda-feira (25) e retomam as atividades no turno que inicia às 22h de hoje (26).
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, após o acordo com os patrões do ramo de flexíveis, está reunida neste momento para definir os rumos da campanha salarial na indústria de descartáveis. “O clima de insatisfação no setor é muito grande, em São Ludgero, em uma empresa, na noite de segunda-feira, um grupo de trabalhadores, espontaneamente, parou a produção naquele turno”, ilustrou Carlos de Cordes, explicando que aguarda posição da diretoria do sindicato patronal dos descartáveis. Não está descartada greve neste setor, a qualquer momento, adverte Dé.
Foto do acordo; a partir da esquerda: Carlos de Cordes (presidente sindicato trabalhadores), Reginaldo Cechinel (presidente sindicato patronal flexíveis), Luiz Henrique Morono (advogado patronal), Edson Mendes (assessor jurídico sindicato trabalhadores) e Joel Bitencourt (vice-presidente sindicato trabalhadores)
Fonte: Assessoria de Imprensa do sindicato