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Fetiesc participa de audiência pública sobre Relação entre o Ministério Público do Trabalho e as Entidades Sindicais

Nesta quinta-feira 18 de junho, às 14h, comitiva da Fetiesc (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina) esteve em Brasília na Câmara dos Deputados para participar de Audiência Pública sobre a Relação entre o Ministério Público do Trabalho e as Entidades Sindicais. Representaram a Fetiesc o Secretário Geral Landivo Fischer, a Presidente do STI Fiação Brusque e Vereadora da cidade de Brusque Marli Leandro, o Presidente do STI Vestuário de Caçador e Vereador da Cidade de Caçador Valmor de Paula, o Presidente do STI Cerâmica São Bento do Sul Aroldo Schroeder.

Para o Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego: Manoel Messias – “é preciso impregnar o parlamento brasileiro de povo organizado de representação social. Creio que muitos presentes aqui participaram ativamente da luta contra a ditadura e da construção da democracia, e sabem da importância dos movimentos sociais organizados e da organização do povo para garantir esta democracia.”

Francisco Gerson Marques de Lima Representante do Ministério Público do Trabalho “O ministério público não se furta ao diálogo, e em todas as oportunidades que o movimento sindical solicitou a presença nós comparecemos e sempre estaremos presentes nessas ocasiões. Nós achamos que debates como esses são essenciais para o engrandecimento das nossas relações, do movimento sindical e das ações do ministério público e do trabalho”.

O Secretário Geral da Fetiesc, Landivo Fischer argumenta “que é indispensável que os dirigentes sindicais tenham este contato mais aproximado com os integrantes do MPT. Lembra o dirigente que o Ministério Público tem ofertado diversas ações civis públicas contra os sindicatos, com vistas a não cobrança de contribuições negociais dos trabalhadores que a entidade representa. Precisamos demonstrar aos integrantes do MPT que as entidades sindicais são as únicas que defendem, integralmente, os interesses da classe trabalhadora e para isso, também indispensável, que as entidades tenham ao seu dispor o dinheiro que estas ações demandam”.

O Presidente do STI Vestuário Caçador e também representante do Departamento Têxtil e Vestuário da Fetiesc, Valmor de Paula fala que “todas as falas foram no sentido (exceto o Ministério Público do Trabalho) que tem que se respeitar a organização dos trabalhadores. Entendo que esta comissão tem condições de fazer o projeto de lei que regulamenta a contribuição assistencial. Os deputados ali presentes colocaram como se a discussão fosse apenas em relação a contribuição assistencial, isso não é verdade, o movimento sindical quer discutir um todo, a manutenção  e ampliação do direito dos trabalhadores. Esta comissão é de extrema importância, uma vez que é ela que leva as indicações populares para dentro da Câmara Federal. Ontem fizemos as nossas reivindicações e esperamos que elas sejam ouvidas.”

A mídia vem há anos desconstruindo a imagem do movimento sindical e isso não é novidade, como aponta o Presidente do STI Cerâmica de São Bento do Sul e Representante do Departamento Químico da Fetiesc, Aroldo Schroeder “o MPT se posiciona dizendo que estão cumprindo a lei e que existem denúncias que muitas vezes são dos próprios sindicatos e trabalhadores. Deram exemplos que a mídia golpista passou nos últimos dias de algumas irregularidades com algumas entidades mas não devemos generalizar o movimento sindical. O que foi muito comentado na audiência foi a questão da não fiscalização nos sindicatos patronais e nas empresas que são denunciadas e a grande quantidade de TACs assinadas pelos sindicatos dos trabalhadores. A falta da contribuição assistencial é um meio de fragilizar os sindicatos e assim ele não pode exercer dignamente as atividades dele. Nossa participação nesta audiência é para mostrar que estamos informados e que esperamos um posicionamento e encaminhamentos do MPT.”

Imprensa Fetiesc

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