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Ética no Movimento Sindical

A ética se revela na voluntariedade

A tarde desta terça-feira (18.08) iniciou com um tema pouco discutido mas de grande importância para todos os setores da sociedade, a Ética, quem fala com muita propriedade é o formador da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria – CNTI, Doutor José Reginaldo Inácio, que possui três livros sobre o tema publicados.

Inicialmente o palestrante fez uma reflexão sobre o papel do trabalho na vida e sobre a origem e evolução do sindicalismo. Com o crescimento do capitalismo as máquinas tomaram o lugar dos operários e estes se tornaram um excedente de mão de obra, neste momento os patrões já estavam organizados, muito antes dos sindicatos existirem. Desta forma, os sindicatos surgiram inicialmente como revolta com o modo capitalista de produção e também com a necessidade da solidariedade, união e associativismo para enfrentar a exploração patronal, exigir salários descentes e também melhores condições de trabalho.

Mas então, o que é ética? Inicialmente a definição surge do grego, Ethos significa morada, abrigo, refúgio. Posteriormente surge uma nova definição como sendo uma espacialidade interna, de “caráter e seus hábitos”, fruto de uma construção incessante e nunca acabada, pois não há homem algum que possa afirmar estar pronto, completo. O Doutor Reginaldo exemplifica  a ética de uma forma simples de se entender ‘’absolutamente tudo que eu fizer, e puder contar o que eu fiz sem problema, significa que eu agi de forma ética. Já se eu fiz algo, e de alguma forma não posso contar é porque não agi com ética’’.

A ética pode ser compreendida também como a obediência ao que não é obrigatório, como por exemplo, não existe lei que diga que você deve esperar a sua vez na fila do caixa do supermercado, mas você sabe que deve aguardar que as outras pessoas sejam atendidas até chegar sua vez. Ou mesmo que você cumpra todas as leis, não quer dizer que seja um ser humano ético, se ultrapassa a fila na BR pelo acostamento, pega o troco que recebeu a mais do caixa do supermercado, anda acima da velocidade autorizada nas placas porque o radar não está em funcionamento. Por diversas vezes, o palestrante levanta a questão do surgimento de novos sindicatos, somente nos últimos cinco anos surgiram 2 mil sindicatos, o que propicia o enfraquecimento e fragmentação das entidades existentes.

Amanhã (19.08) às 8 horas o Dr. Divaldo Luiz de Amorim abordará a Atualização do Direito Coletivo do Trabalho, a palestra terá transmissão ao vivo no site da Fetiesc.

Imprensa Fetiesc

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