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Sinpoc realiza confraternização do Dia do Trabalhador e denuncia más condições de trabalho na Klabin

O Sindicato dos Trabalhadores de Papel e Papelão de Otacílio Costa (SINPOC), realizou uma atividade sindical de confraternização em alusão ao Dia do Trabalhador e entrega de brindes na portaria da fábrica Klabin em Otacílio Costa, prática que acontece desde a fundação do sindicato. Além disso, os dirigentes denunciaram várias ações que a empresa vem adotando e que vem ao encontro do princípio da boa e necessária relação entre capital e trabalho. A Fetiesc se faz representar na atividade pelo assessor jurídico da entidade, Dr. Jairo Leandro Luiz Rodrigues.

Há anos o Sindicato e a empresa levam a efeito o que eles denominam de “reunião setorial”, ou seja, no decorrer do ano as partes realizam várias reuniões com os diversos setores da fábrica e destes encontros as cláusulas de ordem social (previstas ou para serem inseridas na Convenção Coletiva de Trabalho) são discutidas e quando iniciam as negociações muitas destas cláusulas já estão definidas.

Outra reclamação constante é do setor da expedição onde os trabalhadores têm de empurrar bobinas enormes, causando dores nos pés e dedos latejando em função de esforço excessivo no manuseio destas bobinas. Este setor parou no tempo, todo serviço é manual. Os dirigentes chegam a afirmar que “é quase na idade da pedra e sem falar que neste setor é onde estão os trabalhadores com menor remuneração”.

Ainda mais denúncias:

– Trabalhadores que substituem outros, recebem o chamado “salário substituição”, porém, o cálculo é sempre errado e por coincidência, sempre a favor da empresa.

– Férias são canceladas em cima da hora.

– Os trabalhadores têm que fazer cursos profissionalizantes ou de atualização e a empresa não remunera como horas extraordinárias. Quem se recusa a fazer o curso e não receber como serviço extraordinário, recebe como contrapartida, vários tipos de ameaças. Houve casos em que o crachá foi bloqueado e em casos mais atípicos, de demissões.

– A máquina de papel virou um BBB, ou seja, câmeras por todos os lados. Tem “chefinho” metido a bobo, usando as imagens para pressionar os trabalhadores.

– No almoxarifado tem trabalhador trabalhando em final de semana e fazendo compensação posterior, além de executar funções que não são inerentes ao seu contrato, tais como, carga e descargas de produtos e operando máquinas, ou seja, há desvio de função.

– Na caldeira. Tem “chefinho” em fim de carreira, mais diz que antes de se aposentar quer realizar seu sonho de MANDAR ALGUÉM EMBORA.

– Na Gerência de Manutenção e Elétrica (GME) também tem o seu “chefinho metido a bobo”, mandando email e ameaçando os trabalhadores dizendo que se as coisas não forem pelo amor, irão pela dor, inclusive um deles já recebeu apelido de “vitória na guerra”.

Por fim, os dirigentes estão indignados com o desrespeito para com os trabalhadores “veteranos” na fábrica, ou seja, aquelas que deram uma vida inteira e depois de 25 a 30 anos de trabalho, não lhes é dispensado a atenção e os cuidados necessários e em muitos casos com  demissões e a contratação de um “trabalhador novo em folha”.

Estamos de olho.

 Por Jairo Leandro Luiz Rodrigues

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Imprensa Fetiesc

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