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Classe trabalhadora luta contra as reformas da previdência e trabalhista

Na última segunda-feira (3) foi realizada uma audiência pública no Plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).  As propostas da reforma previdenciária (PEC 287/2016) e trabalhista (PL 4308/1998) que tramitam no Congresso Nacional foram a pauta do dia. O plenarinho da assembleia estava com capacidade máxima de participantes, as galerias e o hall de entrada da Alesc ficaram lotadas de trabalhadores e trabalhadoras que são totalmente contra as reformas.

A audiência pública foi promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado em conjunto com as Comissões de Constituição e Justiça; de Trabalho; e de Saúde da Alesc. A Fetiesc esteve presente em peso com a equipe da entidade e seus sindicatos filiados.

A proposta de emenda à Constituição Federal que altera as regras para aposentadoria dos trabalhadores brasileiros define, entre outras mudanças, idade mínima de 65 anos, tanto de homens quanto de mulheres. Além disso, fixa em 49 anos o tempo mínimo de contribuição para que o trabalhador receba o benefício integral.

A reforma trabalhista também entrou na pauta de discussão. A mudança proposta pelo governo federal prevê que aquilo que for negociado pelos trabalhadores com as empresas prevaleça sobre a legislação. Outras alterações envolvem intervalo entre jornadas, parcelamento de férias, a ampliação do contrato de trabalho temporário de 90 para 120 dias e do regime parcial de trabalho de 25 para até 30 horas.

O debate sobre as reformas previdenciária e trabalhista foi coordenado pelo senador Paulo Paim (PT/RS), vice-presidente da CDH. Na avaliação do parlamentar, que tem percorrido o Brasil para debater o assunto, a população é contrária às reformas. “É um ato cruel, criminoso, um total desrespeito ao povo brasileiro. Mas o povo não é bobo, não aceita essas propostas. Há mobilizações acontecendo por todo o país. As bancadas estão divididas. Essa reforma tem tudo para não passar”, disse.

Recentemente, Paim solicitou a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Senado para investigar as contas da Previdência Social. O objetivo é mostrar que o Sistema de Seguridade Social é superavitário.

28 de abril: dia de paralisação  

As lideranças sindicais e representantes de entidades da sociedade civil que se manifestaram na tribuna da Alesc reforçaram o apoio à paralisação geral prevista para o dia 28 de abril em protesto contra a reforma da Previdência, mudanças na legislação trabalhista e a Lei da Terceirização. Para o presidente da Fetiesc as reformas são para retirar direitos adquiridos há décadas pela classe trabalhadora “temos que fazer pressão popular e mostrar que somos contra, que não aceitamos essas reformas que vão afetar diretamente os mais pobres” e convida todos para o ato “no dia 28 de abril vamos às ruas mostrar a força que temos, nossa bandeira de luta é única, é a defesa dos direitos de toda a classe trabalhadora”.

Apoio parlamentar           

A audiência pública contou com a presença dos deputados federais Pedro Uczai e Décio Lima, dos deputados estaduais Ana Paula Lima, Luciane Carminatti, Dirceu Dresch, Neodi Saretta e Padre Pedro Baldissera, todos do PT.

Durante o evento, foi lançada a Frente Parlamentar da Previdência Pública e Justa, criada na semana passada pela Alesc. O grupo será coordenado pelo deputado Dirceu Dresch. “Não vamos votar aqui essas propostas, mas podemos ajudar a discutir o assunto com a sociedade. É nosso compromisso alertar, debater e ajudar a definir o futuro da previdência no país. Vamos contribuir nesse grande movimento para derrotar essa barbaridade.”

Com informações da Agência AL

Imprensa Fetiesc

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