Na segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) realizou um Seminário sobre Organização, Gestão e Custeio na sede da Fetiesc, em Itapema. O Presidente da CNTI e da Nova Central Sindical de Trabalhadores José Calixto Ramos esteve presente juntamente com a Assessora Jurídica Dra. Zilmara Alencar. O seminário abrirá um diálogo com as entidades sindicais para que haja a formulação de estratégias sindicais com base em uma visão propositiva, positiva e prática.
Calixto conversou com os sindicalistas da base da Fetiesc sobre a contribuição sindical que se tornou facultativa e lembrou que ela não foi extinta. Segundo Calixto, quando algo se torna facultativo e se trata de uma contribuição, a dificuldade aumenta, pois as pessoas têm a tendência de reagir negativamente a descontos. “A reforma trabalhista precarizou as relações capital e trabalho e cortou o único recurso compulsório que nós tínhamos para trabalhar. A CNTI estava sentindo-se literalmente parada e tivemos a ideia de fazer esse tipo de encontro nos estados para tentar levantar o ânimo dos sindicalistas e mostrar que a confederação está viva” e completa “mas há um detalhe, quando a contribuição era recolhida normalmente tínhamos condições de realizar vários tipos de eventos sem maiores despesas aos participantes. A CNTI era uma espécie de guarda-chuva para os sindicatos e neste momento o caminho é inverso, tem que vir recurso da base para cima, pois não temos mais nenhuma outra fonte de recurso”.
Para a advogada Zilmara Alencar é necessário o fortalecimento do sistema confederativo “há uma necessidade de tanto confederação, federação e sindicato estejam alinhados em suas ações para que a gente possa obter êxito no sentido de tanto proteger os direitos trabalhistas quanto buscar uma ampliação da defesa da parte previdenciária, proteção à saúde do trabalhador dentre outras bandeiras de luta. Com o sistema confederativo harmônico e fortalecido com certeza teremos êxito nestas ações”.
Para o Presidente da Fetiesc, Idemar Antonio Martini é preciso uma gestão de qualidade à frente dos sindicatos para conseguir lidar com as mudanças e também manter a unidade “mais uma vez tenho que registrar a importância de mais um debate com todo o movimento sindical com pontos cruciais como a reforma trabalhista, reforma da previdência, convivência capital x trabalho, custeio do movimento sindical. Diante de todos estes debates constatamos a necessidade de que o movimento sindical se reinvente e se aproxime cada vez mais da classe trabalhadora e que por fim, trabalhem com unidade entre as entidades sindicais”.