Em Santa Catarina, as mulheres ganham, em média, R$ 1.341,55 a menos que os homens, com uma discrepância salarial de 41,66%, superando a média nacional
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Em um contexto de reflexão e luta pelo equilíbrio de direitos, o Dia Internacional da Igualdade Feminina, celebrado anualmente em 26 de agosto, traz à tona um cenário preocupante no que tange à igualdade de gênero no mercado de trabalho. De acordo com o Relatório Global de Desigualdade de Gênero de 2022, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, o caminho para a paridade de gênero ainda é longo, com projeções indicando que serão necessários mais de 132 anos para alcançar a igualdade plena. O Brasil, posicionado na 94ͣ colocação entre 146 nações, demonstra que ainda há um abismo a ser transposto.
No cenário nacional, o Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, divulgado em março deste ano, evidencia uma realidade contundente: as mulheres brasileiras recebem, em média, 19,4% a menos que seus colegas homens. Quando o foco se volta para cargos de gestão, essa disparidade salta para 25,2%. O panorama se agrava quando se observa a questão racial: mulheres negras ocupam apenas 16,9% dos postos de trabalho e seus salários correspondem a apenas 66,7% dos salários de mulheres não negras.
No estado de Santa Catarina, os números revelados pelo mais recente relatório sobre transparência salarial são chocantes. Nas empresas com mais de 100 trabalhadores, as mulheres catarinenses auferem, em média, R$ 1.341,55 a menos que os homens, uma diferença salarial de 41,66%, índice significativamente acima da média nacional. As mulheres negras enfrentam um abismo ainda maior, com uma remuneração 23% inferior à das mulheres não negras, enquanto homens negros recebem 24,8% menos que homens não negros. A remuneração média das trabalhadoras negras é 28,27% menor que a dos homens negros.
Diante deste quadro, Idemar Antonio Martini, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), destaca a urgência de medidas concretas para a promoção da igualdade salarial. “Esses dados não deixam margem para dúvidas: precisamos de ações imediatas e efetivas para combater essa disparidade. A sociedade civil e o movimento sindical não podem se manter calados diante deste cenário de injustiça laboral. A luta pela igualdade salarial deve ser uma bandeira de todos nós”, enfatiza Martini.
Para Martini, o Dia Internacional da Igualdade Feminina é mais do que uma data comemorativa; é um momento para a FETIESC reafirmar seu compromisso com a causa da igualdade de gênero e racial, e para convocar todos os setores da sociedade a se unirem nessa jornada por justiça e equidade. “É tempo de transformar o discurso em ação. A igualdade salarial é um direito e uma necessidade para a construção de uma sociedade verdadeiramente justa e inclusiva”, conclui.
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