O modelo “ 100 x 80 x 100”, significa manter o mesmo salário e a mesma produtividade em 80% do tempo, já vem sendo aplicado em algumas empresas do Brasil e do mundo
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“Trabalhar menos, trabalhar todos, produzir o necessário e redistribuir tudo”; essa foi a fórmula destacada pelo deputado Renato Freitas (PT-PR), durante o 11° Encontro Estadual da Juventude Trabalhadora, realizado no último sábado (24/08), pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), em Itapema.
Numa referência à petição pública ‘Vida além do trabalho’ (VAT), que já possui mais de 1,2 milhão de assinaturas, Freitas cobrou o engajamento do movimento sindical pelo fim da escala 6 x 1, ou seja, de 9 horas por dia, seis dias de trabalho por semana por um de descanso, o qual, conforme ele, tira o direito ao lazer, ao estudo e à qualidade de vida da classe trabalhadora. “Trata-se de uma escravisão ultrapassada contra a qual devemos nos revoltar”, acrescentou Freitas ao revelar dados de que no Brasil são necessárias nove gerações, isso é 180 anos, para que um cidadão saia da classe E, e chegue à classe C.
“Essa é a regra do jogo: viver para trabalhar, da infância até a velhice. Isso não é de hoje. Nosso país foi construído com mão de obra escravizada que enriqueceu uma classe branca, dominante perversa e desumana que sempre se utilizou deste modo de produção capitalista, e da exploração da força de trabalho e apropriação de boa parte da vida da classe trabalhadora”, salientou.
Ao destacar que a classe trabalhadora está trabalhando até a exaustão, levada cada vez mais ao adoecimento físico e psicológico, Freitas defende o engajamento do movimento sindical em favor da redução da carga horária semanal de trabalho para 36 horas, gradualmente, e sem que haja redução salarial. Ou seja, trabalho por quatro dias semanais, com três dias de descanso.
Esse modelo chamado de “ 100 x 80 x 100”, que significa manter o mesmo salário e a mesma produtividade em 80% do tempo, conforme ele, já vem sendo aplicado em algumas empresas do Brasil e do mundo, produzindo reflexos visíveis de melhora na saúde física e psíquica da classe trabalhadora, além de poder gerar 2,5 milhões de novas vagas de emprego, caso aplicado por todos.
“Entre 2016 e 2021 a participação do salário dos trabalhadores no Produto Interno Bruto (PIB), diminui 13%, enquanto o lucro das empresas cresceu 16%. Então se os salários não aumentaram, nem a jornada de trabalho diminuiu, todo esse ganho excedente que é resultado do aumento da produtividade está sendo apropriado exclusivamente pelas empresas, sem distribuição entre os trabalhadores”, justifica o deputado ao sustentar a sua tese de uma jornada de trabalho menor.
“Há duas lutas que o trabalhador tem para resistir: reduzir a própria jornada de trabalho e aumentar o valor do próprio trabalho. É claro que o patrão caminha para outro sentido, por isso é necessária a luta!”, finalizou ele ao destacar a importância do movimento sindical laboral se envolver nesta causa que mobiliza os interesses da classe trabalhadora.
Para assinar a petição pública do VAT e se engajar nesta causa que já mobiliza mais de 1 milhão de brasileiros e brasileiras CLIQUE AQUI.
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