Os dirigentes sindicais alertam aos empresários sobre possível esvaziamento do setor industriário catarinense devido a desvalorização da classe trabalhadora
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Na manhã desta quarta-feira (18/09), uma reunião entre dirigentes sindicais e representantes das indústrias químicas de Santa Catarina foi realizada na sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), em Itapema, em formato híbrido, com a participação de líderes sindicais de todo o Estado. A pauta principal era a negociação coletiva para renovação da convenção coletiva de trabalho do setor, mas as partes não chegaram a um consenso.
Os empresários, representado pelo assessor jurídico do Sindicato das Indústrias Químicas de Santa Catarina, Alfredo Coutinho, ofereceram um reajuste salarial de 4,70% e um aumento de 5,85% nos pisos salariais da categoria, a partir de 1 de agosto de 2024. Esses percentuais são inferiores à maioria das negociações coletivas firmadas em Santa Catarina, no primeiro semestre de 2024, uma vez que não atingiu sequer 1% de aumento real, visto que a inflação do período totalizou 4,06%.
A proposta patronal foi vista com descontentamento pelos sindicatos, que buscavam um reajuste de 6% e o estabelecimento de um piso salarial único de R$ 2.092,20, conforme resgate da última rodada realizada no dia 06 de setembro, apresentada pelo assessor jurídico André Bevilaqua.
O presidente da FETIESC, Idemar Antonio Martini, destacou a discrepância entre o crescimento da indústria catarinense, que foi de 6,5% no último ano, e a falta de reconhecimento e valorização dos trabalhadores refletida nas propostas de reajuste salarial.
Os sindicatos também reivindicam melhorias nas cláusulas sociais da convenção coletiva de trabalho, especialmente no que diz respeito ao vale-alimentação e/ou cesta básica. Contudo, o patronal manteve sua posição, aumentando apenas marginalmente sua oferta de reajuste para 4,7%, o que representaria um aumento real abaixo das expectativas dos trabalhadores.
Diante do impasse, os dirigentes sindicais não selaram acordo e marcaram uma nova rodada de negociações para o dia 11 de outubro, às 10 horas, apresentando como proposta um reajuste mínimo de 5,5% para compensar a desvalorização salarial do setor em relação a outras áreas de trabalho, onde muitos trabalhadores estão optando por atividades de entrega (delivery) devido a melhores condições financeiras.
A realização da negociação em formato híbrido (presencial e videoconferência) possibilitou a participação de vários dirigentes e trabalhadores de base: Três Barras, Jaraguá do Sul, Blumenau, Biguaçu, Brusque e de Rio Negrinho.
MANIFESTO PLANEJADO: Em resposta à contraproposta apresentada pelo sindicato patronal, os sindicatos de trabalhadores que negociam de forma unificada com a FETIESC estudam a possibilidade de realização de manifestos nas portas das principais fábricas e nas redes sociais. O objetivo é mobilizar a classe trabalhadora contra a pressão patronal que favorece a desvalorização da mão de obra dos operários das indústrias químicas.
A situação evidencia a tensão crescente entre empresários e trabalhadores do setor químico em Santa Catarina e reflete um cenário de preocupação com o possível esvaziamento do setor industrial devido à desvalorização dos profissionais da área. A expectativa agora é de que a próxima rodada de negociações resulte em um acordo que atenda às necessidades dos trabalhadores e promova a valorização da classe operária.
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