Data relembra o legado das “Las Mariposas” que enfrentaram e foram mortas pela ditadura militar dominicana
No dia 25 de novembro de 1960, a República Dominicana vivenciou um dos episódios mais sombrios de sua história. O corpo de Minerva Mirabal, uma valente ativista que enfrentava a ditadura de Rafael Leónidas Trujillo, foi descoberto no fundo de um barranco junto com os corpos de suas irmãs, Patria e Maria Teresa, e do motorista Rufino de la Cruz. Este ato brutal, perpetrado por agentes da polícia secreta, foi uma tentativa de silenciar as vozes que clamavam por liberdade e justiça.
As irmãs Mirabal, com idades entre 26 e 36 anos e mães de cinco filhos no total, haviam se tornado figuras emblemáticas na luta contra o regime opressivo de Trujillo. O assassinato, cuidadosamente encenado para parecer um acidente de carro, não enganou a população dominicana, que reconheceu a mão do governo na tragédia.
A morte das irmãs Mirabal marcou um ponto de inflexão na história dominicana. O regime de Trujillo, conhecido por sua brutalidade e corrupção, começou a ruir sob o peso de seu próprio terror. O assassinato das irmãs, longe de calar a resistência, serviu para galvanizar a oposição e acelerar a queda do ditador.
Hoje, 64 anos após essa terrível violência, o legado das irmãs Mirabal permanece vivo. Seus nomes são símbolos não apenas de luta e resistência, mas também de esperança e coragem. Em reconhecimento à sua luta e ao legado que deixaram, a Organização das Nações Unidas designou o dia 25 de novembro como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher.
Na República Dominicana, as irmãs são celebradas como heroínas nacionais. A província de Hermanas Mirabal perpetua seus nomes, e um monumento em Santo Domingo e um museu em sua homenagem servem como locais de lembrança e reflexão. A cada 25 de novembro, esses espaços se tornam pontos de encontro para aqueles que honram a memória das irmãs e reafirmam o compromisso de combater a violência contra as mulheres em todas as suas formas.
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