José Reginaldo Inácio defendeu a retomada do trabalho de base pelos sindicatos, o qual deve envolver os trabalhadores diretamente no conhecimento e na resolução de desafios individuais e coletivos
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O novo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias (CNTI), José Reginaldo Inácio, encerrou o 16º Fórum Sindical Sul (FSS 2024) com uma palestra que ressoou entre os presentes. O evento, que ocorreu entre os dias 04 e 06 de novembro, no auditório do Hotel Alles Berg, reuniu centenas de dirigentes sindicais e trabalhadores para discutir o tema “Sistema confederativo e lutas sindicais: perspectivas e desafios”.
Assumindo a liderança da CNTI em um momento de vulnerabilidade para o movimento sindical, tanto no Brasil quanto internacionalmente, José Reginaldo destacou a importância de um projeto de formação operária. Segundo ele, é essencial capacitar os trabalhadores para que se tornem uma classe emancipada, capaz de enfrentar os desafios contemporâneos.
“Os movimentos sociais são forças organizativas que emergem da necessidade de libertação da opressão e superação da exploração, visando a construção de uma sociedade transformada”, afirmou José Reginaldo. Ele enfatizou que a consciência social é fruto da interação social, política e organizativa, e que as reações espontâneas são cruciais para que as massas desenvolvam sua própria experiência de luta.
O novo presidente da CNTI defendeu a retomada do trabalho de base pelos sindicatos, o qual deve envolver os trabalhadores diretamente no conhecimento e na resolução de desafios individuais e coletivos. Em sua palestra, que manteve a atenção do público por mais de duas horas, José Reginaldo reiterou a importância de anunciar a convivência solidária como alternativa à ganância e à competição, de despertar a dignidade e a confiança nas pessoas, e de canalizar a rebeldia popular contra a injustiça para construir uma sociedade baseada na solidariedade.
Ao criticar a Reforma Trabalhista de 2017, José Reginaldo apontou que ela atacou três pilares essenciais da democracia brasileira: os direitos dos trabalhadores, a legitimidade dos sindicatos e as instituições de proteção aos trabalhadores. Ele alertou para as consequências dessa reforma, que, segundo ele, enfraqueceu a classe trabalhadora e suas representações.
A palestra de José Reginaldo Inácio foi recebida com grande interesse pelos participantes do 16º Fórum Sindical Sul, que saíram do evento com uma reflexão aprofundada sobre os caminhos para a revitalização do movimento sindical e a defesa dos direitos dos trabalhadores no Brasil.
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