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REINDUSTRIALIZAÇÃO: DIEESE promove debate sobre o desenvolvimento da indústria brasileira ouvindo a classe trabalhadora

Martini, presidente da FETIESC, colaborou com o debate analisando o momento difícil que o movimento sindical passa desde o golpe de 2016

Ao longo da manhã desta terça-feira (30/01), José Álvaro Cardoso, o técnico do Escritório Regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em Santa Catarina, conduziu uma oficina no auditório da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC) em Itapema (SC). Durante o evento, líderes sindicais de diversos setores se reuniram para discutir a relevância da indústria no contexto do desenvolvimento nacional, com uma perspectiva centrada nos agentes geradores de riqueza: a própria classe trabalhadora.

As conversas centraram-se no avanço da indústria, incorporando a voz da classe trabalhadora, e nos debates acerca da relevância da indústria para o país, moldando as discussões entre os líderes sindicais. Questões relacionadas aos desafios enfrentados pela indústria no Brasil, incluindo salários, condições de trabalho, entre outros, foram abordadas com base na experiência e vivência dos dirigentes. Além disso, houve a coleta de sugestões de ações que visam aprimorar todos os problemas discutidos.

Oportunamente, José Álvaro Cardoso, traçou uma retrospectiva em que se constata que há mais de um século existe uma guerra em nível internacional liderada pelos países desenvolvidos para impedir que os subdesenvolvidos se desenvolvam. Conforme ele, predomina um ideal cunhado pela burguesia subserviente de que a indústria não vale nada. “Os países imperialistas dizem que o mundo é dominado pelos serviços, o que é uma mentira. Nos EUA 20% do PIB é da indústria (guerra, nuclear, setores estratégicos). Desde a década de 80 do século passado o Brasil sofre aquilo que se chama de desindustrialização precoce. Naquela época a indústria de transformação correspondia a mais de 30% do PIB do país, agora esse índice é menor do que 9%”, argumenta o técnico ao tentar explicar o processo de ‘destruição’ da indústria brasileira.

Na contramão deste movimento, Cardoso lembra que na última semana o governo do Presidente Lula lançou o plano ‘Nova Indústria Brasil’ que prevê o investimento de R$ 300 bilhões até 2026, em seis missões estratégicas visando a retomada do desenvolvimento industrial brasileiro e, consequentemente, a geração de emprego e renda à classe trabalhadora.  

Tal plano, no entendimento de Cardoso, não agrada a direita antinacional e entreguista, que deseja acabar com a indústria nacional, como no caso dos governo de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que encobertos por um plano de ‘ponte para o futuro’ privatizaram a Eletrobrás e por pouco não conseguiram fazer o mesmo com a Petrobrás. 

“Os trabalhadores brasileiros tiveram a reação ao golpe mais eficiente da América Latina. Quem tirou o Lula da cadeia e denunciou o golpe foram os trabalhadores. Muito aquém do que deveria ser, mas foram os trabalhadores. Aliás, no mundo todo a classe trabalhadora está na defensiva, sem empenho na luta ”, atesta Cardoso. 

Idemar Antonio Martini, presidente da FETIESC, colaborou com o debate analisando o momento difícil que o movimento sindical passa desde o golpe de 2016. “Nunca vi um movimento tão apático e difícil de movê-los. É fundamental que tenhamos a capacidade de mobilizar a classe trabalhadora. O presidente Lula precisa da mobilização dos sindicatos e das ruas”. 

Além de Martini, a FETIESC esteve representada nas discussões com a participação do seu Secretário, Ednaldo Pedro Antonio, e do assessor de formação sindical, professor Sabino Bussanello. Além deles, dirigentes de sindicatos associados à federação também participaram do evento, como é o caso de Clóvis Ramos, do STI Papel de Lages; Valdoir Barbosa, do STI Papel de Otacílio Costa e Jackson Cardoso, do STI Plásticos de Brusque. 

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