Dentre as principais reivindicações está o reajuste dos salários e também do piso salarial da categoria que hoje está em R$ 1.626,35
Os assessores jurídicos da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), André Bevilaqua e Jairo Leandro Luiz Rodrigues, participaram na manhã desta quinta-feira (13/04), em Blumenau, da primeira rodada de negociação coletiva visando garantir direitos e melhorias das condições de trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras ligados aos sindicatos têxteis unificados.
Os advogados estiveram acompanhados pelas lideranças do STI de Fiação, Tecelagem, Vestuário e Artefatos de Couro de Pomerode; do STI de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Timbó e do STI do Vestuário, Couro e Calçados de Indaial.
A primeira rodada das negociações ocorreu na sede do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (SINTEX), com a participação do seu Diretor Executivo, Renato Valim, o qual acolheu as reivindicações dos trabalhadores. Uma nova rodada foi agendada para a próxima quarta-feira, dia 19 de abril, às 10 horas.
Conforme o assessor jurídico, Jairo Leandro Luiz Rodrigues, neste ano, dentre as principais reivindicações dos trabalhadores da indústria têxtil consiste no reajuste de 6% dos salários, além do reajuste de 7,36% do piso salarial da categoria, que hoje está estabelecido em R$ 1.626,35.
Além disso, os trabalhadores reivindicam às empresas do setor com 10 ou mais empregados a concessão do auxílio-creche para as trabalhadoras-mães de crianças com até cinco anos de idade; e a liberação de 40 horas anuais para que possam acompanhar seus filhos de até 16 anos em consultas médicas. Outra reivindicação é que os dias 25 de dezembro e 1 de janeiro não sejam contabilizados no período das férias, uma vez que são feriados nacionais.
Conforme Jairo Rodrigues, as expectativas é de que na próxima semana patrões e empregados construam juntos um acordo que favoreça os dois lados, fazendo com que o setor continue em exponencial crescimento, sem nunca perder de vista os cuidados necessários com a saúde, o bem-estar e a dignidade dos seus trabalhadores.
Por sua vez, o assessor jurídico da FETIESC, André Bevilaqua, avalia como positiva a primeira rodada, pois conforme ele, as partes, tanto patronal quanto trabalhadora, expuseram suas visões sobre a conjuntura política-econômica brasileira e há a expectativa do fechamento consensual de um acordo que poderá se efetivar na próxima semana.
Convém também lembrar que em 2021 o estado de Santa Catarina assumiu o primeiro lugar no Brasil em produção de vestuários e acessórios, ultrapassando São Paulo em valor de transformação industrial no setor têxtil, ao alcançar a marca de R$ 6,6 bilhões.
Tal feito, conforme o presidente da FETIESC, Idemar Antonio Martini, ratifica a importância de a organização sindical se manter na defesa desses trabalhadores que têm uma significativa importância para a economia catarinense, porém que ainda carecem de cuidados e atenção especial por parte dos seus empregadores, como é o caso da falta do auxílio-creche, uma vez que grande parte dos trabalhadores deste segmento são do gênero feminino as quais, para terem uma vida mais digna, necessitam aliar os cuidados da casa e da família com o trabalho.