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OPINIÃO: A legalidade da contribuição assistencial irrita os que desejam manter a exploração da classe trabalhadora

 

Idemar Antonio Martini

Presidente da FETIESC

Com o voto do ministro do STF Alexandre de Moraes a favor da cobrança da contribuição assistencial de trabalhadores não sindicalizados com valor determinado em assembleias, o movimento sindical retoma o seu protagonismo no cenário nacional, mas nem mesmo assim se esquiva da necessidade de demonstrar união no Movimento ‘REVOGA JÁ’, que acontece na terça-feira, dia 12 de setembro, por meio do qual exigimos ações urgentes contra as reformas de Temer e Bolsonaro.  

O voto de Moraes anunciado na última última quinta-feira (31/08), garantiu aos sindicatos a maioria, sendo que os ministros Gilmar Mendes, Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Dias Toffoli também votaram a favor da contribuição.

Desde a famigerada reforma trabalhista de 2017, a perseguição aos sindicatos pelos donos do capital foi acelerada. A passos largos, trabalhadores em condições análogas à escravidão, bem como de acidentes no ambiente laboral se elevaram, ao mesmo tempo em que as políticas neoliberais impostas por Temer e Bolsonaro, promoveram uma desvalorização do salário mínimo e o empobrecimento da classe trabalhadora, em contraponto à acumulação de riqueza pelos mais ricos.

Agora, com o entendimento da legitimidade da contribuição sindical para que os sindicatos fortaleçam e se mantenham na defesa dos interesses da classe trabalhadora perante o próprio governo e os empregadores, já há uma ascensão rápida do movimento pela ‘demonização sindical’. 

Nestes últimos dias vimos um orquestrado movimento das elites que têm logrado êxito em colocar os trabalhadores não sindicalizados contra nós: os sindicatos. Num discurso de ódio contra a gente, o lado do capital acaba raptando as nossas forças trabalhistas e o nosso prestígio sindical, envolvendo boa parte da classe trabalhadora num velho discurso de ‘pelegos’ e de impostoras ‘lideranças sindicais’ que fingem estar representando os trabalhadores, mas na verdade estão a serviço para atender aos interesses dos patrões. E, com isso, cultivam a ojeriza de quase todos contra todos nós!

Não é de hoje que a ‘pelegada’ é quem compromete a credibilidade do nosso movimento e é justamente ela quem hoje, mais uma vez, tenta colocar a classe trabalhadora contra a legitimidade da contribuição assistencial! É ela quem deve ser extirpada de nosso movimento, isso porque age contra a gente. O sindicalismo laboral, sério e combatente, não pode mais ser associado com esse tipo de gente que está a serviço dos que há muito detém o comando da sociedade capitalista.

Para vencer esse projeto bem construído de ‘demonização do nosso movimento’, muito mais do que essa contribuição precisamos retomar o diálogo franco e direto com a classe247 trabalhadora para que ela nos reconheça como a entidade legítima e democrática que é capaz de proteger os seus direitos trabalhistas, assegurando condições laborais justas e dignas, além de promover a equidade e a segurança no ambiente laboral. Para tanto, a contribuição assistencial é primordial!

Esta ‘Primavera Sindical’ – em que, contamos com as forças progressistas e a retomada de um governo trabalhista –  é o tempo certo para  revigorarmos nossos ideais por um novo sindicalismo brasileiro: mais inovador, mais combativo e unificador de forças. Precisamos estabelecer estratégias para reconquistar a confiança da classe trabalhadora, de modo que os sindicatos passem a ser reconhecidos como baluartes de proteção da vida, da justiça, do direito e da equidade entre capital e trabalho. 

Pelo novo sindicalismo, mantenhamo-nos irmanados pelo necessário e urgente ‘REVOGA JÁ!’. Dia 12 de setembro, às 19 horas, esteja presente na videoconferência que será promovida pelo Fórum Sindical Sul ( link será divulgado em breve). 

No ato, sindicalistas e magistrados protestarão contra a implosão do sistema sindical; das estruturas de proteção social e do direito do trabalho, iniciadas pela Reforma Trabalhista de 2017 e acentuada nos últimos anos pelos governos neoliberais e nazifascistas que atacaram a classe trabalhadora. ‘REVOGA JÁ!’ Junte-se a nós neste movimento!

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Imprensa Fetiesc

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