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REVOGA JÁ! Desembargadora chama atenção dos sindicalistas para zelar pela saúde mental da classe trabalhadora

Conforme ela, a OMS revela que os transtornos mentais afetam 30% dos trabalhadores e trabalhadoras, mas que ninguém se preocupa com isso

A participação da Desembargadora, Dra. Brígida Joaquina Charão Barcelos (TRT-4) no debate promovido na noite de 12 de setembro pelo Fórum Sindical Ampliado (FSA), para o lançamento do movimento ‘REVOGA JÁ!’, foi uma oportunidade para que a magistrada chamasse a atenção das centenas de lideranças sindicais de todo o país para a saúde mental da classe trabalhadora. 

Conforme dados apresentados por ela, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os transtornos mentais afetam 30% dos trabalhadores, porém mesmo assim poucos levam essa bandeira de defesa da classe laboral. Diante deste números elevados a desembargadora convocou os sindicalistas para que voltem seus olhares para esses trabalhadores que estão sofrendo no ambiente de trabalho. Conforme ela, o movimento ‘REVOGA JÁ!’ deve também que se atentar e se preocupar com isso, uma vez que boa parte das doenças que acometem a classe trabalhadora são consequências das nefastas reformas liberais – trabalhista e da previdência – perpetradas por Temer e Bolsonaro nos últimos anos.

“Os sindicatos têm que se reaproximar dos trabalhadores. A eucaristia está tomando conta da base que os sindicalistas deveriam estar. Ouçam seus trabalhadores! Não deixem o evangelismo tomar conta deste movimento”, ressaltou a magistrada ao fazer referência à escalada dos últimos tempos das igrejas neopentecostais em substituição ao movimento sindical na escuta atenta às dores e necessidades da classe trabalhadora. 

Ainda de acordo com a Dra. Brígida, os sindicatos são fundamentais para garantir os direitos fundamentais dos trabalhadores, garantidos pela Constituição de 1988, e para tanto devem “Ouvir as necessidades dos trabalhadores, trabalhar por eles e vivenciar as suas necessidades. A base dos sindicatos são os trabalhadores e eles estão à deriva. Ninguém se preocupa com as suas doenças e com o ambiente em que trabalham, porém sem trabalhador saudável não existe sindicato forte!”. 

A magistrada também aproveitou a oportunidade para denunciar como consequência da reforma trabalhista de 2017 o aumento dos casos de trabalhadores em condições análogas à escravidão, e outros tantos expostos à doenças mentais, pois estão imersos em um ambiente de trabalho nefasto, precário. “Agora criaram uma nova definição de trabalho que é a precariedade. A reforma trabalhista criou o auto-empreender. O empreender de mim mesmo, sem ter garantia de nenhum direito. Isso é a precarização do trabalho”, complementa. 

Ainda sobre a precarização do trabalho advinda com a reforma trabalhista de 2017, ela lembra que, quando aprovada, a reforma prometia empregos e uma série de outras vantagens para a economia. Promessas essas que não se consolidaram. 

Por fim, Dra. Brígida Joaquina Charão Barcelos lembrou que as reformas trabalhistas realizadas nos mesmos moldes do que no Brasil, tanto em Portugal quanto na Espanha, já foram revogadas. Tal feito, conforme ela, é um aceno de que é possível, com a união  de todos, resgatar o direito da classe trabalhadora e a essência do Direito do Trabalho.

O debate do FSA teve mais de 550 entidades inscritas e contou com a participação dos também Desembargadores, Dr. Marcelo Ferlin D’Ambroso (TRT-4); Dr. Jorge Luiz Souto Maior (TRT-15 – aposentado); Dr. Luiz Alberto de Vargas (TRT-4) e Dra. Magda Barros Biavaschi (TRT-4 – aposentada). 

 

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