REVOGA JÁ! Para magistrados, a reforma trabalhista de 2017 foi arquitetada para inviabilizar a organização da classe trabalhadora

O desembargador Dr. Mário Sérgio Medeiros Pinheiro (TRT-1) e a Juíza do Trabalho, Dra. Ana Paula Alvarenga Martins, apoiam o movimento que agrega centenas de entidades sindicais de todo o país

Diferentemente do que estava previsto, a participação do Desembargador Dr. Mário Sérgio Medeiros Pinheiro (TRT-1) e da Juíza do Trabalho, Dra. Ana Paula Alvarenga Martins no lançamento do movimento ‘REVOGA JÁ!’ – realizado na noite de 12 de setembro – não foi possível pelo fato de terem enfrentado problemas de conexão com a internet, já que estavam em Cuba no momento do evento. 

Mesmo assim, o casal fez questão de ratificar o apoio ao movimento encabeçado pelo Fórum Sindical Ampliado (FSA), que reúne centenas de entidades sindicais de todo o país, as quais estão unidas exigindo uma urgente revogação das reformas trabalhistas e previdenciárias, impetradas pelos governos de Temer e Bolsonaro contra a classe trabalhadora, o movimento sindical, à estrutura de proteção social e à Justiça do Trabalho.

De Cuba, os magistrados encaminharam aos organizadores do evento uma mensagem em que avaliam que a Reforma Trabalhista de 2017 foi cuidadosamente arquitetada para inviabilizar a classe trabalhadora, colocando-a fora do jogo político, com nenhuma ou pouca representação, tirando dos sindicatos os seus meios de financiamento e, principalmente, a sua representação coletiva. “Os sindicatos passam a não representar, a não poder ter uma atuação mais próxima dos trabalhadores e, com isso, inviabiliza-se a classe trabalhadora como classe organizada socialmente,” analisam. 

Para eles, após a reforma, a classe trabalhadora – que tanto lutou pela paz e pelas conquistas do Estado Social – passou a ser o único setor sem capacidade de organização e, por isso, apenas com a revogação desta legislação perversa é que compreendem ser possível reorganizá-la de modo a fazer com que ela volte a ter direitos e representatividade. 

O debate do FSA teve mais de 550 entidades inscritas e contou com a participação dos também Desembargadores, Dr. Marcelo Ferlin D’Ambroso (TRT-4); Dr. Jorge Luiz Souto Maior (TRT-15 – aposentado); Dr. Luiz Alberto de Vargas (TRT-4); Dra. Brígida Joaquina Charão Barcelos (TRT-4) e Dra. Magda Barros Biavaschi (TRT-4 – aposentada). 

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