Imprensa FetiescEstima-se que a depressão afeta pelo menos 300 milhões de pessoas em todo o mundo, tornando-se a principal causa de incapacitação global
A depressão não pode ser vista apenas como um transtorno individual, mas como uma manifestação que também é influenciada pelo sistema capitalista baseado na competição. Essa perspectiva é compartilhada pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC) ao participar da primeira edição da Semana Nacional de Conscientização sobre a Depressão, instituída pela Lei 14.543, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 4 de abril.
Por meio dessa lei, reconhece-se a importância de dar visibilidade à seriedade do tratamento da depressão. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior registro de casos de depressão na América Latina, sendo o segundo no continente americano em prevalência.
Vale destacar que a depressão é um transtorno mental que afeta a capacidade de trabalho e está associada a sentimentos de incapacidade, irritabilidade, pessimismo, isolamento social, perda de prazer, déficit cognitivo e tristeza, interferindo na vida diária. O transtorno afeta diversas áreas da vida, como o trabalho, sono, estudo, alimentação e socialização. Caracteriza-se por sentimentos negativos persistentes por pelo menos duas semanas, causando prejuízos significativos.
É importante destacar que a depressão é um estado em que a pessoa tem sua vitalidade reduzida, influenciado também pelo sistema capitalista competitivo em que vivemos. Para enfrentar o problema da depressão, é necessário diminuir a sensação de isolamento e fortalecer os espaços coletivos.
“Devemos estar atentos às consequências do sistema capitalista na saúde mental. A depressão não pode ser simplesmente vista como um transtorno individual em uma sociedade que desvaloriza indivíduos, coletividades e práticas de solidariedade, deixando as pessoas extremamente isoladas”, justifica o presidente da FETIESC, Idemar Antonio Martini, que lembra que de acordo com a OMS, estima-se que a depressão afeta pelo menos 300 milhões de pessoas em todo o mundo, tornando-se a principal causa de incapacitação global.
“É essencial aumentarmos a conscientização sobre a depressão, discutindo suas causas e buscando soluções coletivas e estruturais para enfrentar esse transtorno. Somente assim poderemos criar um ambiente laboral em que a saúde mental seja protegida e promovida, e no qual todos possam desfrutar de uma vida plena e significativa”, finaliza.
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