Representantes de cinco centrais sindicais participaram da audiência pública com o senador Paulo Paim para propor sugestões ao Estatuto do Trabalho
Além de centenas de lideranças de toda Santa Catarina, a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, realizada na última sexta-feira (29/09), em Joinville, reuniu representantes de cinco centrais sindicais do Estado no maior evento do movimento sindical catarinense após a Reforma Trabalhista de 2017.
O presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores de Santa Catarina (NCST-SC), Izaias Otaviano, fez questão de destacar o compromisso do Senador Paulo Paim – coordenador do evento – como figura pública na defesa intransigente da classe trabalhadora. Além disso, relatou ao senador que em 2023 o Brasil já registrou o resgate de 918 trabalhadores em condições análogas à escravidão. Para ele, esse triste recorde reforça a importância de se elaborar uma “CLT do século XXI’ – como vem sendo chamado o Estatuto – de modo que se possa tirar os trabalhadores da informalidade e garantir emprego e renda digna a todos.
Já o presidente da Força Sindical catarinense, Osvaldo Mafra, contribui com o debate lembrando que o Brasil possui um dos menores salários do mundo. Destacou também as forças fascistas que agem para tirar a representatividade da classe trabalhadora nos poderes constituídos e condenou as reformas trabalhista e previdenciária.
Diante deste cenário, Mafra conclamou a união de todos os sindicalistas para a construção de um projeto em que a classe trabalhadora seja privilegiada. “A nossa representação sempre foi forte no momento da união e convergência. Nossa luta não vai parar e o momento de agora é a possibilidade de dar a reviravolta dos últimos seis anos que foi catastrófica para nós”, salienta.
Já a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-SC), foi representada por Haneron Victor Marcos o qual destacou ser premente manter a unicidade das forças sindicais no Estado trabalhando em prol de um objetivo comum que é o fortalecimento da classe trabalhadora. Conforme ele, a sociedade atual vive com excesso de positividade, que traz uma grande dificuldade para o movimento sindical, porque o inimigo está dentro dos próprios trabalhadores que se auto deterioram ao compactuar com a terceirização, pejotização e a informalidade. “Não temos mais um inimigo definido a combater e isso vai exigir um ambiente de luta mais ampliado pelas forças sindicais”, sinaliza.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT-SC) esteve representada por seu dirigente Rodolfo Ramos, o qual relatou ao Senador Paim as dificuldades que os catarinenses estão sofrendo para acessar os seus direitos na Previdência Social. Ramos fez um apelo ao Senador Paim para que apele ao Ministério da Previdência por medidas urgentes para reverter essa situação no Estado.
Por sua vez, o representante da União Geral dos Trabalhadores (UGT-SC), Gerson Cipriani, ratificou a importância de, neste momento, as Centrais Sindicais se manterem unidas na missão única que é lutar pelos direitos da classe trabalhadora, de modo a “Soterrar o ódio que brotou neste país após o golpe de 2016”.
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