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#16Days: Vozes silenciadas: a epidemia de violência sexual contra mulheres no ambiente de trabalho

Conforme Marli Leandro, a pressão por manter o emprego, a dependência financeira e a preocupação com represálias, frequentemente mantêm as vítimas em silêncio.

Numa sociedade que clama por igualdade de gênero, um aspecto sombrio persiste nas entrelinhas dos escritórios, fábricas e demais locais de trabalho: a violência sexual contra as mulheres trabalhadoras. Este é um problema alarmante que não apenas compromete a integridade física e mental das vítimas, mas também desafia a noção de um ambiente de trabalho seguro e respeitoso.

As estatísticas são chocantes, evidenciando uma triste realidade que muitas mulheres enfrentam diariamente. A cada ano, um número significativo de mulheres trabalhadoras são vítimas de violência sexual, uma realidade que muitas vezes permanece encoberta pelo medo, estigma e, por vezes, pela própria estrutura hierárquica das organizações.

Conforme Marli Leandro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário, Bordados, Couro, Calçados e Similares de Brusque e Guabiruba, a pressão por manter o emprego, a dependência financeira e a preocupação com represálias, frequentemente mantêm as vítimas em silêncio. “Muitas sofrem em segredo, com o peso do trauma afetando não apenas suas vidas profissionais, mas também suas relações pessoais e saúde mental”, denuncia.

Para Marli, a violência sexual no ambiente de trabalho pode se manifestar de várias formas, desde assédio verbal até agressões físicas. Segundo ela, as mulheres frequentemente enfrentam comportamentos inadequados, piadas de mau gosto, avanços não desejados e, em casos extremos, agressões sexuais. O impacto disso transcende a esfera pessoal, minando a confiança e a segurança que deveriam ser garantidas no local de trabalho.

“É imperativo que as empresas adotem medidas concretas para combater esse problema, criando ambientes seguros e promovendo uma cultura de respeito. Políticas rigorosas contra o assédio sexual, canais de denúncia confidenciais e programas de conscientização são essenciais para erradicar essa epidemia e garantir que as vítimas se sintam apoiadas ao denunciar os abusos”, afirma Marli.

Além disso, conforme ela, a legislação deve ser fortalecida para garantir que as empresas sejam responsáveis por criar ambientes de trabalho seguros, e que os abusadores sejam responsabilizados por seus atos. A sociedade como um todo também desempenha um papel fundamental ao exigir mudanças culturais e apoiar as vítimas. “Juntos, devemos trabalhar para construir uma sociedade onde todas as mulheres possam exercer suas atividades profissionais sem violência e sem o medo constante de exploração sexual”, complementa.

Neste ano, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), participa dos 16 Dias de Ativismo contra a Violência Baseada no Gênero. Essa campanha se estende até 10 de dezembro, quando é celebrado o Dia dos Direitos Humanos. 

Se você ou alguém que você conhece está sofrendo violência, ligue para a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180 ou entre em contato com o seu sindicato.

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Imprensa Fetiesc

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