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MOVIDA 2024: 162 trabalhadores e trabalhadoras catarinenses morreram em 2022, vítimas de acidente de trabalho

O evento deste sábado, em Itapema, colocará em pauta essa triste realidade que acomete a classe trabalhadora de um dos Estados mais prósperos do país

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No encerramento de abril, mês dedicado à prevenção de acidentes e doenças no ambiente de trabalho, dirigentes sindicais e a classe trabalhadora catarinense estão sendo convocados para participar de mais uma edição do Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora (MOVIDA). O evento está marcado para a manhã deste sábado, dia 27 de abril, das 9h às 13h, no auditório da sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), em Itapema.

Este movimento intersindical tem como objetivo alertar a classe trabalhadora sobre os alarmantes números de acidentes de trabalho no estado. Apenas em 2022, Santa Catarina registrou 46 mil acidentes laborais – o quarto maior número desde que a contagem começou em 2002. Os dados de 2023 ainda não foram divulgados pelos órgãos oficiais.

Em 2022, os acidentes de trabalho em Santa Catarina resultaram em 162 mortes, um aumento significativo de 21% em relação ao ano anterior. É preocupante notar que 23% desses acidentes não tiveram as Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT) emitidas, totalizando 10,9 mil ocorrências não oficializadas.

Joinville lidera o ranking dos municípios catarinenses com o maior número de acidentes de trabalho, com 6,9 mil registros em 2022, seguida por Blumenau e Florianópolis, com 2,7 mil acidentes cada.

Diante dessa realidade alarmante, Santa Catarina possui a segunda maior proporção de acidentes de trabalho entre os trabalhadores com carteira assinada. Isso ressalta a necessidade urgente de intensificar os esforços na prevenção de acidentes, incluindo o fornecimento e uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), e denunciar as negligências por parte das empresas.

“É inaceitável que a classe trabalhadora enfrente um processo produtivo que resulte em dor, sofrimento, acidentes e mortes. Precisamos garantir que a produção de riqueza seja acompanhada pela preservação da vida e da saúde dos trabalhadores. Nesse sentido, a FETIESC e seus sindicatos filiados devem liderar campanhas e ações impactantes, como o MOVIDA, para interromper essa escalada de dor e sofrimento humano”, enfatiza o assessor de formação da FETIESC, professor Sabino Bussanello.

Do mesmo modo o presidente da FETIESC, Idemar Antonio Martini, destaca a importância da participação ativa de todas as lideranças sindicais para que possamos, juntos, enfrentar a realidade e organizar a luta sindical buscando estancar essa trágica realidade contra a classe trabalhadora. 

Com o tema “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora: enfrentar a realidade e organizar a luta sindical”, o MOVIDA deste sábado promete ser um espaço de reflexão e mobilização, reunindo trabalhadores, sindicatos e entidades parceiras em defesa da saúde e da vida de todos os envolvidos.

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Imprensa Fetiesc

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