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O evento celebra o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho, celebrado em 28 de abril
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Dirigente sindicais de todas as regiões do estado estiveram reunidos na manhã deste sábado (27/04), em Itapema, no auditório da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), para mais uma edição do Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora (MOVIDA).
O evento celebra o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho, celebrado em 28 de abril, data em que o movimento sindical trabalhista se solidariza e honra todos os trabalhadores e trabalhadoras que perderam suas vidas ou sofreram lesões enquanto buscavam sustento para si e para suas famílias.
Conforme o presidente da FETIESC, Idemar Antonio Martini, o MOVIDA-2024 marca a retomada da luta sindical, pós-pandemia da COVID-19, em defesa da saúde física e mental, bem como com a segurança da classe trabalhadora. Com a temática “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora: enfrentar a realidade e organizar a luta sindical”, Martini lembrou que a realização do seminário atende uma deliberação da diretoria da federação, que entende que esse movimento é fundamental para que a classe trabalhadora tenha consciência do que está acontecendo nos ambientes laborais.
“Se nós não nos preocuparmos com essa problemática alarmante, ninguém mais se preocupará, isso porque para os patrões nós somos descartáveis. Ou nos envolvemos e nos mobilizamos, ou continuaremos a contabilizar as mortes e acidentes dos trabalhadores e trabalhadoras no ambiente laboral”, enfatizou.
Por sua vez, o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores de Santa Catarina (NCST-SC), Izaias Otaviano, lembrou que, no Brasil, os números de trabalhadores e trabalhadoras vítimas de morte e acidentes de trabalho se equiparam a uma guerra civil. “Tem muita gente morrendo, e perdemos apenas para o México. A cada hora morrem sete trabalhadores e o estado de Santa Catarina ocupa a quarta posição da federação no ranking nacional de acidentes de trabalho, o que muito nos envergonha”, destacou ele, ao conclamar os dirigentes sindicais a lutarem e defenderem os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, principalmente no que tange à garantia da saúde e da segurança da classe trabalhadora.
A seguir o assessor de formação sindical da FETIESC, professor Sabino Bussanello, fez um resgate histórico do movimento criado em 06 de maio de 2003, com o intuito de denunciar e combater as doenças. Durante todo o período, até o advento da pandemia da COVID, o MOVIDA promovia grandes mobilizações pelas ruas das principais cidades catarinenses, chamando a atenção da população para essa problemática. Com o período pandêmico as atividades alusivas a essa data passaram a ser remotas e foram retomadas presencialmente apenas neste ano.
O primeiro palestrante do MOVIDA-2024 foi o médico Roberto Ruiz, que iniciou a fala tecendo uma homenagem a todos os dirigentes sindicais a quem tratou como a ‘elite pensante dos trabalhadores e trabalhadoras’, os quais são constantemente perseguidos por serem progressistas e lutarem por justiça e igualdade social.
Em sua intervenção, Ruiz trouxe informações sobre os riscos e das mais de 370 doenças decorrentes do ambiente laboral, dando especial destaque para os crescentes números de transtornos psíquicos (depressão, síndrome de pânico, ansiedade, síndrome de Burnout) que acometem os trabalhadores do século XXI, os quais também registram o crescimento dos casos de assédio moral no trabalho.
O evento segue com a palestra do psicólogo clínico do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Santa Catarina (SINDUSC), Mateus Graoske Mendes, e o lançamento da biografia do líder sindical Milton Mendes de Oliveira.
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