NEGOCIAÇÃO: Trabalhadores das indústrias de material plástico rejeitam proposta da primeira rodada

Os trabalhadores esperam um aumento de 6%, porém o sindicato patronal ofereceu um reajuste de apenas 3,40%

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Na manhã desta quinta-feira (11/04), na sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), em Itapema, teve lugar a primeira rodada de negociação coletiva de trabalho para o período de 2024/2025. Liderando o grupo de dirigentes sindicais do setor plástico esteve Idemar Antonio Martini, presidente da FETIESC, acompanhado pelo assessor jurídico da FETIESC, André Bevilaqua. Vernon Campos, representou o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Santa Catarina (SIMPESC), em nome do presidente Fernando Pedro de Oliveira, acompanhado de quatro empresários do setor.

Na ocasião, Martini enfatizou o compromisso do sindicalismo laboral com o fortalecimento das indústrias brasileiras, conforme recentemente anunciado pelo Governo Federal por meio do programa ‘Nova Indústria Brasil’. Ele ressaltou que esse fortalecimento é crucial para melhorar as condições de vida e a renda dos trabalhadores e das trabalhadoras, destacando a importância da colaboração entre capital e trabalho para alcançar esse objetivo.

Por seu turno, Bevilaqua apresentou sugestões da assembleia de trabalhadores para ajustes das cláusulas sociais da convenção coletiva, além de fazer uma retrospectiva das conquistas obtidas durante o Governo Lula, incluindo ganhos reais no salário mínimo, semelhantes aos ocorridos neste ano nos pisos estaduais. 

Os trabalhadores do setor de material plástico esperam um aumento de 6%. Por outro lado, o representante do sindicato patronal ofereceu apenas um reajuste de 3,40%, correspondente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses. Esse valor ficou aquém das expectativas dos trabalhadores, o que resultou em um impasse na negociação.

Diante dessa situação, Pedro Henrique Mangrich de Oliveira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Transformação de Plásticos de Brusque (SINTIPLASQUI), alertou os dirigentes das empresas sobre a disparidade entre os pisos salariais dos trabalhadores industriais em comparação com os do comércio ou serviços na região. Ele ressaltou que, devido à baixa remuneração, as indústrias enfrentam e enfrentarão ainda mais dificuldades na contratação de mão de obra qualificada, sem uma remuneração condizente.

Uma nova rodada de negociações será realizada nas próximas semanas, ainda sem data definida. Além da FETIESC, a negociação envolve os interesses dos trabalhadores representados pelos sindicatos SINTIQUIP de Jaraguá do Sul, Corupá, Guaramirim, Massaranduba e Schroeder; SITIPELCO de Três Barras e região; SINTIPLASQUI de Brusque e região; SINTIPAR de Rio Negrinho e região; e SINDPLAS de Pomerode, Blumenau, Gaspar, Indaial e Timbó.

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