A situação da saúde da classe trabalhadora causa preocupação entre os dirigentes sindicais
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Presidido por Stephania Frainer Furlani, os dirigentes sindicais do Departamento Têxtil, vinculado à Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (12/04), em Itapema, para a segunda reunião do ano, colocando em pauta as demandas da categoria de trabalhadores e trabalhadoras.
O presidente da FETIESC, Idemar Antonio Martini, prestigiou o encontro dos dirigentes a quem ressaltou a importância de se envolverem na promoção do seminário do Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora (MOVIDA), que acontece no próximo dia 27, discutindo essa importante temática, em alusão ao ‘Abril Verde’, o mês dedicado à prevenção de acidentes e doenças no ambiente de trabalho.
O debate entre os dirigentes envolveu a situação da saúde da classe trabalhadora, que causa preocupação. Zeli da Silva, presidente do SITITEV de Rio do Sul, relatou a realidade encontrada no contato direto com os trabalhadores e trabalhadoras nas portas das indústrias. Conforme ela, eles estão tristes e doentes pelo excesso de produção e por questões referentes ao ambiente de trabalho. “Precisamos fazer alguma coisa, porque os trabalhadores estão gritando por socorro”, enfatizou.
“Precisamos fazer alguma coisa, porque os trabalhadores estão gritando por socorro”, Zeli da Silva, presidente do SITITEV.
O relato de Zeli foi confirmado por outros dirigentes que constatam que depois da Reforma da Previdência os trabalhadores e trabalhadoras das indústrias catarinenses estão desanimados e sem perspectiva de se aposentar, com a sensação de que vão morrer trabalhando. “Alertamos na época, fomos chamados de bandidos, mas agora que começa cair a ficha entre eles”, relembrou Stephania.
Na pauta das discussões e planejamento para os próximos meses, o departamento tratou sobre a possibilidade de realizar o intercâmbio com a Argentina, no segundo semestre, desta vez oportunizando que cinco trabalhadores do setor viagem em estudo ao país vizinho.
Também para a agenda do segundo semestre está a realização do Fórum Sindical Sul, no Rio Grande do Sul, que se constitui em um evento de formação sindical para dirigentes do setor têxtil e do vestuário.
NEGOCIAÇÕES COLETIVAS – Outro item da pauta que despertou bastantes discussões entre os dirigentes sindicais foram as negociações coletivas de trabalho que foram realizadas no primeiro trimestre deste ano, bem como as que estão em andamento.
O Secretário Jurídico e de Negociações Coletivas da FETIESC, Altair Stofela, destacou a realização do seminário sobre esta temática que ocorrerá no dia 19 de julho, na sede da federação, aberto para todos os dirigentes como uma oportunidade para se prepararem para negociar com a parte patronal.
Por sua vez, Stephania Furlan, relatou a situação humilhante que os dirigentes sindicais foram submetidos nesta semana na negociação unificada com o SINTEX de Blumenau. “Saímos indignados e tristes. O patronal se exaltou e nos afrontou. Vieram com a pauta de reivindicações, sem analisar a nossa proposta. Sabemos que o momento não está favorável para a gente, uma vez que não contamos nem com o apoio dos trabalhadores, no entanto não podemos ceder neste momento fulcral para a melhoria da qualidade de vida e de renda da classe trabalhadora”, enfatizou.
Jorge Medwed, presidente do SINDTEXTIL de Rodeio, relatou as grandes filas registradas em abril na porta do sindicato por trabalhadores e trabalhadoras apresentarem a carta de oposição para não contribuírem com o movimento sindical. Conforme ele, de um universo de aproximadamente 9 mil trabalhadores da categoria, 1.800 entregaram a carta, o que demonstra o desinteresse da classe trabalhadora por se manter unida contra a opressão imposta pelo capital.
O patronal está sempre em sintonia, e nós não reconhecemos o quanto somos pequenos. Precisamos nos organizar e discutir a negociação coletiva, construindo uma forma diferente para fazer essa negociação com dados e informações que sejam suficientemente fortes para convencê-los de que os nossos interesses estão certos” Valmor de Paula, presidente do SITRIVEST de Caçador
Ao final, Valmor de Paula, presidente do SITRIVEST de Caçador, destacou a importância de o movimento sindical laboral se organizar e estabelecer a própria estratégia para negociar com o poder. “O patronal está sempre em sintonia, e nós não reconhecemos o quanto somos pequenos. Precisamos nos organizar e discutir a negociação coletiva, construindo uma forma diferente para fazer essa negociação com dados e informações que sejam suficientemente fortes para convencê-los de que os nossos interesses estão certos”, acrescentou.
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