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RECONHECIMENTO: Sindicalista entra para o livro de heróis e heroínas do Brasil

Neta de escravizados, liderança política teve trajetória marcada pela luta do povo negro e das empregadas domésticas

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na última semana a Lei 14.635, que inscreve o nome da sindicalista mineira Laudelina de Campos Melo no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Mulher, negra e neta de escravizados, Laudelina foi pioneira na luta dos direitos do povo negro e das empregadas domésticas.
Nascida em Poços de Caldas (MG), no dia 12 de outubro de 1904, conta a história que Laudelina mostrou sua vocação de liderança política desde cedo. Aos 16 anos, a mineira foi eleita presidenta do Clube 13 de Maio, que promovia atividades recreativas para a população negra de sua cidade.

Na vida adulta, Laudelina se manteve presente na batalha pelas pautas políticas e sociais de sua época. Em 1936, Laudelina foi integrante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e da Frente Negra Brasileira.

Também ela é um símbolo da luta pelos direitos das empregadas domésticas por ter fundado a Associação das Empregadas Domésticas, primeira entidade voltada à defesa e representação dos trabalhadores domésticos no Brasil.

Durante a Segunda Guerra Mundial, ela se alistou como voluntária para trabalhar nas forças armadas do Brasil, buscando ajudar na luta contra o nazifascismo que assolava o mundo.
Faleceu em 1991, aos 86 anos, em Campinas. Laudelina deixou sua casa para a Associação Profissional Beneficente de Empregadas Domésticas em Campinas, sindicato que ajudou a fundar.

LIVRO DE AÇO – Conforme informações da Agência Senado, herói ou heroína da pátria é um título dado a personalidades que tiveram papel fundamental na defesa ou na construção do país. O nome é registrado no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria — ou Livro de Aço, pois a obra de fato é formada por páginas de aço — abrigado no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Criado em 1992, o livro reúne protagonistas da liberdade e da democracia, que dedicaram sua vida ao país em algum momento da história. A inscrição de um novo personagem depende de lei aprovada no Congresso.

Dentre as heroínas brasileira, além de Laudelina estão inscritos os seguintes nomes: Alferes Maria Quitéria de Jesus, Anita Garibaldi, Anna Néri, Antônia Alves Feitosa, Antonieta de Barros, Bárbara Pereira de Alencar, Clara Camarão, Dandara dos Palmares, Luiza Mahin, Maria Filipa de Oliveira,Nise Magalhães da Silveira, Sóror Joana Angélica de Jesus, Zilda Arns Neumann e Zuleika Angel Jones.

 

Imprensa Fetiesc

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