Elfi Lemke, diz que a representatividade feminina nas lideranças sindicais é fundamental para desmantelar estereótipos e construir organizações mais inclusivas
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Apesar dos avanços em diversas esferas, o movimento sindical ainda enfrenta um desafio significativo: a baixa participação das mulheres. Neste sentido, convidamos a Diretora do Departamento da Mulher da Fetiesc, Elfi Lemke, para explorar as razões por trás dessa discrepância e evidenciar a violência que muitas mulheres sindicalistas enfrentam, não apenas no ambiente de trabalho, mas também dentro das próprias organizações que deveriam representá-las.
Conforme Elfi Lemke, a presença feminina no movimento sindical ainda é notavelmente menor em comparação com a dos homens. Segundo ela, barreiras sistêmicas, desde estereótipos de gênero até a falta de oportunidades igualitárias, têm contribuído para a sub-representação das mulheres; ao mesmo tempo em que a sociedade ainda lida com resistência à aceitação das mulheres em papéis de liderança, inclusive dentro dos sindicatos.
Para ela, a falta de políticas e práticas inclusivas muitas vezes desencoraja a participação ativa das mulheres. “O equilíbrio entre as demandas sindicais e as responsabilidades familiares, por exemplo, é uma preocupação significativa que afeta a capacidade das mulheres de se envolverem plenamente nas atividades sindicais”, analisa.
Infelizmente, as mulheres que rompem essas barreiras e se envolvem ativamente no movimento sindical muitas vezes enfrentam formas específicas de violência. O assédio moral e sexual, por exemplo, não são desconhecidos nos corredores sindicais. Mulheres sindicalistas relatam discriminação, humilhação e, em alguns casos, represálias por levantarem questões relacionadas à igualdade de gênero.
Nesta seara, Elfi Lemke considera que o silenciamento e a marginalização das vozes femininas dentro das organizações sindicais não apenas perpetuam a desigualdade, mas também enfraquecem o movimento como um todo.
“A baixa participação das mulheres no movimento sindical não é apenas uma questão de justiça social, mas também afeta a eficácia do próprio movimento. A diversidade de perspectivas é crucial para abordar as complexidades dos desafios enfrentados pelos trabalhadores, independentemente do gênero. A ausência de vozes femininas pode resultar em políticas e negociações que negligenciam as questões específicas enfrentadas pelas mulheres no local de trabalho”, adverte a líder sindical.
Para superar esses desafios, Elfi Lemke diz ser essencial promover uma mudança cultural dentro do movimento sindical. Isso inclui a implementação de políticas que garantam a igualdade de oportunidades, o empoderamento feminino e a promoção de treinamentos de sensibilização sobre questões de gênero.
“A representatividade feminina nas lideranças sindicais é fundamental para desmantelar estereótipos e construir organizações mais inclusivas. Além disso, é necessário criar programas de participação das mulheres nas direções sindicais e práticas solidárias entre as diversas lideranças do movimento, para que possam superar os desafios juntas”, acrescenta.
Neste ano, a FETIESC participa dos 16 Dias de Ativismo contra a Violência Baseada no Gênero. Essa campanha se estende até 10 de dezembro, quando é celebrado o Dia dos Direitos Humanos.
Se você ou alguém que você conhece está sofrendo violência, ligue para a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180 ou entre em contato com o seu sindicato.
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