Imprensa FetiescLeila Oliveira Silva, lança luz sobre os desafios específicos enfrentados por mulheres jovens que, enquanto trilham seus caminhos profissionais, se deparam com a dura realidade da violência
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Na interseção entre a juventude e o mundo do trabalho, muitas mulheres enfrentam uma realidade dolorosa, onde a violência tece sua trama nas tramas da vida cotidiana. De modo a suscitar reflexões sobre este tema, a Secretária de Juventude da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), Leila Oliveira Silva, se propôs a lançar luz sobre os desafios específicos enfrentados por mulheres jovens que, enquanto trilham seus caminhos profissionais, se deparam com a dura realidade da violência.
Inicialmente Leila destaca o fato de que para mulheres jovens trabalhadoras, o ambiente profissional nem sempre é um terreno seguro. Segundo ela, o assédio, muitas vezes mascarado por uma cultura organizacional prejudicial, mina não apenas a confiança, mas também compromete a ascensão profissional. Comentários ofensivos, avanços indesejados e discriminação de gênero criam um ambiente hostil que muitas vezes silencia as vítimas.
“A juventude muitas vezes contribui para a vulnerabilidade, pois mulheres jovens podem se sentir menos seguras ou com receio de represálias ao denunciar situações de assédio. A falta de experiência no mundo profissional pode ser explorada, perpetuando a violência e impedindo o pleno desenvolvimento dessas jovens profissionais”, salienta.
Além disso, Leila assinala que a busca por oportunidades profissionais muitas vezes expõe mulheres jovens a formas sutis de violência. Segundo ela, a competitividade desenfreada, a falta de mentorias e as disparidades salariais podem desencorajar ou limitar o crescimento dessas profissionais, criando barreiras significativas em suas trajetórias.
“A pressão para se destacar muitas vezes as coloca em posições de vulnerabilidade, sujeitas a situações abusivas ou manipuladoras por parte de colegas de trabalho ou superiores”, analisa.
Além dos desafios profissionais, Leila registra que as mulheres jovens também enfrentam violência em suas vidas pessoais. Relacionamentos abusivos, violência doméstica e assédio nas ruas são ameaças constantes que permeiam suas experiências diárias.
Frente ao exposto, Leila destaca a necessidade de uma mudança estrutural. Segundo ela, a luta contra a violência direcionada às mulheres jovens no ambiente de trabalho exige uma mudança profunda na cultura organizacional. “Políticas eficazes de combate ao assédio, programas de sensibilização e a promoção de ambientes inclusivos são fundamentais para garantir que essas jovens profissionais possam se desenvolver sem medo”, indica.
Além disso, diz ser crucial que a sociedade como um todo esteja atenta à violência nas relações pessoais e crie uma rede de apoio que ofereça recursos e assistência para aquelas que enfrentam desafios tanto no trabalho quanto na vida cotidiana. “É hora de construir um futuro onde mulheres jovens possam crescer e trabalhar sem o peso da violência, onde suas vozes sejam ouvidas e suas contribuições valorizadas”, finaliza.
Neste ano, a FETIESC participa dos 16 Dias de Ativismo contra a Violência Baseada no Gênero. Essa campanha se estende até 10 de dezembro, quando é celebrado o Dia dos Direitos Humanos.
Se você ou alguém que você conhece está sofrendo violência, ligue para a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180 ou entre em contato com o seu sindicato.
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