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SINTRAFITE: Greve dos trabalhadores têxteis de Blumenau é suspensa temporariamente

 

A reunião das lideranças sindicais com os representantes da empresa foi realizada na tarde desta segunda-feira (15/05), mediada pelo Ministério Público do Trabalho

Na tarde desta segunda-feira (15/05), as lideranças do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem de Blumenau (SINTRAFITE) voltaram a buscar o consenso com os empresários da Cia Hering Blumenau, de modo que a empresa cumprisse com os seus compromissos com a classe trabalhadora, evitando a manutenção da greve. A reunião foi mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Durante a audiência, o SINTRAFITE, representado pelo seu presidente,  Carlos Alexandre Maske, apresentou a proposta de os trabalhadores da produção receberem 75% do salário, como uma parte dos trabalhadores receberam. Há de se lembrar que a greve iniciada na última quinta-feira (11/05) foi motivada pelo fato de que os funcionários que ocupam os cargos de analistas, supervisores, líderes e gerentes receberam como “prêmio” um valor correspondente a 75% do valor de seus salários, enquanto isso os trabalhadores que produziram diretamente o lucro da empresa não receberam nada.  

Ao receber a proposta dos trabalhadores, os representantes da empresa alegaram que não poderiam dar uma resposta no momento, mas que avaliarão a solicitação e apresentarão uma contraproposta aos trabalhadores em um prazo de dez dias – até 25 de maio. 

Enquanto isso, a empresa garantiu que as horas paradas dos trabalhadores grevistas serão pagas integralmente e que nenhum deles será demitido. Diante deste acordo a greve foi suspensa temporariamente e o SINTRAFITE aguarda a proposta da empresa. “Se não vier uma proposta decente de agrado dos trabalhadores a gente vai voltar paralisar as atividades”, adverte Maske.

MOTIVAÇÃO – A greve dos trabalhadores da Cia Hering Blumenau, tanto da  unidade do bairro Bom Retiro e da expedição na unidade matriz, foi iniciada na última quinta-feira (11/05), depois de a direção da empresa ter anunciado o calote no pagamento do Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Ocorre que os funcionários que ocupam os cargos de analistas, supervisores, líderes e gerentes receberam como “prêmio” um valor correspondente a 75% do valor de seus salários. Enquanto isso, os trabalhadores que produziram diretamente o lucro da empresa não receberam nada.  “Trata-se de um flagrante tratamento desigual e falta de isonomia entre os trabalhadores”, denuncia Carlos Alexandre Maske, presidente do SINTRAFITE, entidade associada à Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC). 

A empresa justifica que o PPL não alcançou os objetivos previstos e, por esta razão, nada seria distribuído a este título. No entanto, que para que houvesse uma compensação pelo esforço desprendido, o procedimento adotado em relação ao PRL da empresa seria o de conceder um vale compras aos trabalhadores. Em nenhum momento a empresa negociou o PRL com o Sindicato, em flagrante descumprimento à Lei n° 10.101/2000.

 

Imprensa Fetiesc

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