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Ato Público do Movida em Joinville reune cerca de mil trabalhadores

Joinville – Fazer um levantamento das dez empresas campeãs em acidentes e doenças do trabalho em Santa Catarina, criar a rede estadual de denúncias contra práticas inadequadas no ambiente de trabalho, promover a participação dos movimentos sindical e social nas Conferências Macrorregionais de Saúde do Trabalhador e levar o debate sobre saúde do trabalhador para dentro das fábricas. Estes foram os encaminhamentos tirados ao final do Ato Público do Movida – Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora, realizado  neste 28 de abril, em Joinville, em celebração ao Dia Internacional em Memória das Vítimas de Doenças e Acidentes do Trabalho. Aproximadamente mil pessoas participaram do Ato, que encerrou ao meio-dia.

Trabalhadores e trabalhadoras das mais diversas cidades de Santa Catarina se uniram na manifestação, que começou na sede social do Sindicato dos Empregados no Comércio de Joinville, por volta das 9 horas, parou em frente à Prefeitura e seguiu em passeata até a Praça Nereu Ramos, palco dos pronunciamentos dos dirigentes de centrais sindicais, federações e representantes da classe política do campo popular e da entrega de alguns exemplares da Revista do Movida, publicação que será distribuída entre todos os Sindicatos de Trabalhadores e Federações que promovem o Ato Público do dia 28 de abril. “A Revista do Movida contém dados e informações valiosas para os trabalhadores  e trabalhadoras, além da história do Movida, suas realizações e avanços” afirma o professor e coordenador do Movida, Sabino Bussanello.

O presidente da Fetiesc (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina), Idemar Antônio Martini entregou ao prefeito de Joinville, Udo Döller a Carta do Movida, contendo reivindicações importantes da classe trabalhadora. O mesmo documento também foi entregue aos presidentes da Associação Comercial e Industrial e Dirigentes Lojistas de Joinville. O presidente da Fetiesc lembrou que o Movida existe há 11 anos e sua criação aconteceu pela necessidade de se fazer alguma coisa diante do crescente número de acidentes e de doentes do trabalho em todas as categorias de trabalhadores. “O Movida tem uma história de luta e persistência”, afirma Martini.

Atualmente, Santa Catarina ocupa o primeiro lugar no ranking de doenças do trabalho. De acordo com o deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde do Trabalhador, Neodi Saretta (PT), presente ao Ato Público do Movida, o índice de doença laboral em Santa Catarina é 48% acima da média nacional. Na avaliação do parlamentar, essa realidade pode ser mudada mediante a mobilização dos trabalhadores e a participação da sociedade nas iniciativas públicas, como nas Conferências de Saúde. A falta de fiscais do Ministério do Trabalho também é uma questão que limita a luta pelo fim das mortes e doentes do trabalho. A cada ano o Movida realiza Ato Público em uma cidade diferente do Estado. Ano passado foi em Criciúma, cidade bastante industrializada e com grande número de trabalhadores, assim como Joinville. E tem sido assim desde 2003, quando ocorreu o primeiro Seminário do Movida, na sede da Fetiesc, em Itapema.

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