Imprensa FetiescLutas sociais, políticas e econômicas
Esta não é uma data criada para presentear as mulheres, é um dia que relembra e reforça as lutas sociais, políticas e econômicas das mulheres. O dia 08 de março é em memória às 130 operárias que morreram em um incêndio em uma fábrica têxtil na cidade de Nova York, em 1857. Elas faziam greve pela diminuição da jornada de trabalho de 15 horas diárias para 8 horas, melhores condições de trabalho e pelo aumento dos salários que eram muito inferiores aos dos homens. Estas mulheres foram vítimas de um crime, morreram carbonizadas em um ato cruel após serem fechadas dentro de uma fábrica em chamas.
Retrocessos com a Reforma da Previdência
Aposentadoria
A proposta de reforma da previdência prevê que homens e mulheres se aposentem com 65 anos de idade e 25 anos de contribuição. A regra será a mesma para trabalhadores (as) do campo e da cidade, ou seja, as mulheres serão as mais penalizadas. Isto sem considerar a jornada dupla e tripla das mulheres.
Pensões
Na legislação atual o cônjuge recebe 100% da pensão do falecido. Com a mudança receberá apenas 50% do valor e terá que optar pela aposentadoria ou pensão. Os benefícios não serão mais cumulativos. É importante lembrar que as despesas como aluguel, luz, água, alimentação não reduzem com o falecimento de um dependente.
Tripla jornada
Estudos apontam que apesar das mulheres viverem mais, elas enfrentam dupla e tripla jornada de trabalho. As mulheres dedicam 7,5 horas semanais a mais que os homens para cuidar do lar segundo o IPEA*. Além disso o salário das mulheres é 24% menor que dos homens nos mesmos cargos.
Doenças e acidentes de trabalho
O período mínimo de contribuição das mulheres é de 15 anos hoje, com a reforma passa a ser 25 anos. Com o aumento dos anos de contribuição e a jornada tripla de trabalho as mulheres serão as grandes vítimas das doenças e acidentes de trabalho. É inegável que a saúde da mulher sofrerá com o aumento de anos de trabalho e com o acúmulo de funções durante toda sua vida.
