Fetiesc

OMS prevê que maioria da população não será vacinada no próximo ano

Embora já admita a possibilidade de que uma vacina contra o coronavírus seja aprovada ainda esta ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a imunização em larga escala não vai acontecer em 2021. A maior parte da humanidade terá que esperar para receber o medicamento a partir de 2022. Em um primeiro momento, será dada prioridade aos grupos de risco, idosos, pessoas com doenças pré-existentes e profissionais da saúde.

Segundo a cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan, as doses no próximo ano serão limitadas e o mundo não tem capacidade de produção para atender a maior parte das pessoas em curto prazo. “As pessoas tendem a pensar ‘no dia 1º de janeiro, a gente vai tomar a vacina e aí vai voltar ao normal’. Não vai funcionar assim porque nunca ninguém produziu vacinas neste volume”, disse Soumya.

Com as afirmações, a cientista reforça o discurso da OMS, que tenta sensibilizar governos a seguirem com medidas de combate. A organização mantem as recomendações de distanciamento, isolamento quando possível e testagem em massa. Soumya Swaminathan pediu ainda compreensão aos mais jovens.

“Não teremos doses suficientes para vacinar os mais vulneráveis em todos os países e isso é muito crítico. As pessoas precisam entender isso individualmente e dizer: ‘eu sou uma pessoa jovem, eu não tenho nenhuma condição pré-existente, então posso esperar meus avós tomarem a vacina”.

As afirmações foram feitas em transmissão pelas redes sociais da OMS. Na ocasião, a cientista-chefe falou também sobre o temor de que o mundo registre uma escalada de óbitos nas próximas semanas. Ela ressaltou que o mundo ainda perde 5 mil pessoas por dia para a covid-19.

“Não devemos ser complacentes com a queda das taxas de mortalidade”, afirmou Soumya. “O aumento da mortalidade sempre vem algumas semanas depois do aumento dos casos.”

Ouça:

Fonte: Brasil de Fato

Imprensa Fetiesc

Imprensa Fetiesc