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A Reforma Tributária faz renascer o sonho de um Brasil menos desigual, mais humano e fraternal

O Governo do Presidente Lula celebra seus seis primeiros meses com uma importante e histórica conquista na tentativa de se fazer justiça, diminuir as desigualdades e de se corrigir a política tributária deste país há séculos refém de poucas famílias abastadas.

Desde os primeiros anos nos bancos escolares tínhamos consciência de que, neste imenso Brasil, o 1% mais rico concentra a metade de toda a riqueza nacional.  

Nós, trabalhadores e trabalhadoras, que produzimos todas essas riquezas, há muito somos convencidos a trabalhar para enriquecer os mais abastados, sem muitas vezes nos darmos conta da importância do nosso próprio trabalho dentro deste contexto. Nos apequenamos diante o sistema neoliberal e capitalista que nos mantém no cabresto para cada vez mais produzir e consumir. Somos vítimas de pautas de retrocessos – como exemplo a Reforma Trabalhista de 2017 – capitaneadas pela ação destrutiva do capitalismo que ganha forças ao promover a desigualdade econômica e social e ao expor uma parcela considerável de trabalhadores e trabalhadoras ao aprisionamento da miséria.

Desta forma, ganhamos pouco e pagamos o mesmo tanto que os mais abastados que controlam todo esse sistema injusto e, agora, por fim, com a vitória da Reforma Tributária na ultraconservadora Câmara dos Deputados, esperançamos que se faça justiça e se reduza as desigualdades, de modo que quem ganha mais pague mais, quem ganha menos pague menos e quem não ganha nada não pague nada.  

Seguindo este viés, é que o movimento sindical deve estar unido para que essa proposta vingue em outras instâncias federais, para que em breve seja posta em prática e comece a transformar a nossa realidade. 

Enquanto sindicalistas é preciso apoiarmos com convicção essa causa que, para mim, me parece necessária e boa ao povo brasileiro e, de modo especial, à classe trabalhadora. Segundo estudos,  a aprovação da reforma tributária dos impostos sobre o consumo, numa primeira etapa, tem o potencial de aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em 12% a 20% em até 15 anos. Isso significa, em dinheiro de hoje, R$ 1,2 trilhão a mais circulando na economia.

Além disso, há de se constar que a  Reforma Tributária aliada à reconstrução de importantes programas sociais e à retomada das políticas de combate à fome são sinais de que a dignidade da pessoa humana volta a ser colocada na pauta de um governo que quer devolver à essa nação o orgulho de dizer que é brasileiro.

Neste sentido, a tarifa zero na cesta básica vem ao encontro da valorização do poder aquisitivo das pessoas mais pobres e da classe trabalhadora em geral.

Tal conquista também nos mostra ser possível continuarmos lutando por uma contrarreforma  trabalhista de modo que possamos reverter os efeitos nefastos promovidos por todos aqueles que defendiam esse projeto liberal investido contra a classe trabalhadora e que gerou o aumento de desemprego, a precariedade e o empobrecimento da classe trabalhadora além de suscitar o desmonte do movimento sindical brasileiro. 

Sabemos que, mesmo com essa vitória, as forças neoliberais e fascistas não estão derrotadas! Mantenhamo-nos na  luta sindical de modo a contribuir para a edificação de um Brasil mais justo e menos desigual, na esperança de que, ao usufruírem dessa nova realidade, nossos compatriotas compreendam que só há um lado que possui políticas e projetos que beneficiam a maioria e defendem a vida e a dignidade humana, de modo especial dos mais vulneráveis e que mais precisam. O outro lado é só exploração e uma alienação vã embalada por um suposto “deus”, uma falsa “pátria” e uma “família” miliciana.

Imprensa Fetiesc

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