Quatro desembargadores já aderiram e comentam sobre a mobilização nacional da classe trabalhadora que culminará com evento no dia 12 de setembro
Contra as ‘deformas’ trabalhista e previdenciária capitaneadas pelos governos ultraneoliberais de Temer e Bolsonaro que implodiram o sistema sindical, a estrutura de proteção social e os direitos da classe trabalhadora, magistrados de diferentes regiões do país estão se unindo ao Fórum Sindical Ampliado (FSA), o qual já reúne mais de 900 entidades de todo o país, representando todas as categorias laborais.
A agremiação destas forças fez eclodir o movimento ‘Revoga Já!’ que no próximo dia 12 de setembro, às 19 horas, realizará um amplo debate, via videoconferência, reunindo magistrados da Justiça do Trabalho de diferentes Estados, os quais colocarão em pauta a emergência de o Governo Federal tomar medidas em favor da classe trabalhadora e da democracia.
O Desembargador do TRT-4, Dr. Marcelo Ferlin D´Ambroso, enfatiza a relevância de aderir ao ‘Revoga Já!’ afirmando que preocupa o fato de muitos trabalhadores se esquecerem sobre a necessidade de revogação do que julga ter sido a ‘deforma trabalhista’, capitaneada pelo presidente Temer, a qual até hoje já sangra a classe trabalhadora. Assevera ainda que a ideia do evento é unir o movimento sindical a todos os que militam na defesa da classe trabalhadora de modo a tentar reverter as consequências da ‘deforma’.
Também com presença confirmada no evento, o Dr. Mário Sérgio Medeiros Pinheiro (TRT-1), adverte que se não houver uma mobilização a classe trabalhadora não será escutada pelo parlamento. Para tanto explica que o objetivo central do ‘Revoga Já!’ se resume em fazer com que os sindicatos laborais se mobilizem e sejam capazes de influenciar políticos e autoridades progressistas que têm a chance de corrigir os erros e prejuízos advindos com a reforma de 2017.
Por seu turno, o também desembargador Dr. Luiz Alberto de Vargas (TRT-4), questiona o próprio Governo Federal que, desde que assumiu, vem implementando políticas visando recuperar o crescimento econômico do país, dizimado pelos governos anteriores de Temer e Bolsonaro. Vargas cita as altas cifras de investimento, bem como a concessão de empréstimos aos grandes empresários pelo Governo Lula, que até o momento não veio a público dizer quais serão as contrapartidas de tudo isso para a classe trabalhadora. “Não vejo que com isso teremos a divisão do bolo que o Governo está fazendo crescer. Nossa pauta com esse movimento é saber qual é o benefício que os trabalhadores terão com esse crescimento econômico brasileiro”, questiona.
Corroborando com seus pares, o desembargador aposentado, Dr. Jorge Luiz Souto Maior (TRT-15), também confirma a sua participação no debate do dia 12 de setembro, destacando a importância da organização sindical mobilizada, afinal, compreende que a “Reforma Trabalhista não foi só um ataque à classe trabalhadora, mas às instituições sindicais, à Justiça do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho, fruto do orquestrado golpe de 2016”.
Souto Maior compreende a atual conjuntura como um momento histórico em que se recupera a democracia – tempo perdido de 2016 até 2022 – e por isso conclama a toda a força sindical para se juntar ao movimento ‘Revoga Já!’ de modo que se afaste os entulhos autoritários deixados pelos governos de Temer e Bolsonaro. “Não podemos falar que recuperamos a democracia sem fazer ajustes à legislação que sejam de interesse da classe trabalhadora, integrando categorias excluídas, motoristas, domésticas, informais, etc. É necessário integrar todos nesse debate de reconstrução do país! Ou fazemos isso ou vamos implodir nas mãos do Partido dos Trabalhadores”, avalia o magistrado.
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