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Piso Salarial Estadual tem reajuste superior a 9%

O Piso Salarial Estadual deve receber reajustes entre 9,15% e 9,37% a partir de 1º de janeiro de 2014. O acordo foi assinado pelas centrais sindicais e federações de trabalhadores de Santa Catarina com a federação patronal, a Fiesc e suas entidades filiadas, em Florianópolis, no final da tarde de ontem (2). O Piso está dividido por categoria, em quatro faixas salariais: a primeira teve 9,15% de reajuste, passando de R$ 765,00 para R$ 835,00. A segunda faixa passa para R$ 867,00, a terceira para R$ 912,00 e a quarta faixa salarial passa de R$ 875,00 para R$ 957,00, com 9,37% de reajuste. Diante de uma inflação estimada em 5,29% para 2013, segundo o Dieese, a média de ganho real deve chegar a 3,37%. O documento do Acordo será entregue ao governador Raimundo Colombo  na semana que vem e a expectativa das lideranças sindicais é de que o Projeto seja aprovado pela Assembleia Legislativa e a Lei sancionada pelo governo antes do final do ano.

O diretor sindical do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos), Ivo Castanheira, considera importante o fechamento da negociação ainda em 2013: “É muito diferente dos demais anos, houve amadurecimento na negociação”, avalia Castanheira, destacando o índice de reajuste, “idêntico ao do ano passado, mas diante de uma inflação menor, ao que tudo indica”. Em relação à coleta de pelo menos 60 mil assinaturas necessárias (1% dois eleitores catarinenses) para um Projeto de Lei de Iniciativa Popular que estabeleça o reajuste automático do Piso Salarial Estadual, Castanheira lembra que a luta continua: “Ainda faltam em torno de 20 mil assinaturas para que tenhamos mais esta ferramenta de pressão por uma política salarial de reajuste do Piso”, conclama Ivo Castanheira.

  

Confira os reajustes de acordo com as faixas:

De R$ 765 para R$ 835 — Alta de 9,15%
Para trabalhadores da agricultura e pecuária, indústrias extrativistas e de beneficiamento, pesca, construção civil, indústria de instrumentos musicais e brinquedos, estabelecimentos hípicos, motociclistas, motoboys e do transporte em geral, empregados domésticos.

De R$ 793 para  R$ 867 — Alta de 9,33%
Indústrias do vestuário e calçados, fiação e tecelagem, artefatos de couro, papel, papelão e cortiça, distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas, administração das empresas proprietárias de jornais e revistas, serviços de saúde, moveleiras.

 

De R$ 835 para R$ 912 — Alta de 9,22%
Indústrias químicas e farmacêuticas, cinematográficas, de alimentação, comércio em geral, empregados de agentes autônomos do comércio.

De R$ 875 para  R$ 957 — Alta de 9,37%
Indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico, gráficas, indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana, artefatos de borracha, seguros privados e capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito, edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas, auxiliares em administração escolar, empregados da cultura, em processamento de dados, motoristas do transporte em geral, turismo e hospitalidade.

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