Fetiesc

Fetiesc e sindicatos filiados fecham Convenção Coletiva dos Papeleiros

Protocolo.

A Campanha Salarial como um todo foi desenvolvida de maneira unificada, reunindo todos os sindicatos dos Papeleiros filiados à Fetiesc, no estado. A data-base da categoria é em 1º de outubro (alguns sindicatos) e 1° de novembro (outros).

O movimento sindical da Fetiesc encerrou no dia 17 de dezembro o processo de negociações coletivas do ano de 2014, com o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho dos trabalhadores do setor do Papel e que envolve os Sindicatos dos Trabalhadores Papeleiros de Blumenau, Rio Negrinho, Timbó, Jaraguá do Sul e Inorganizados da Fetiesc. “Estamos negociando com os patrões desde agosto e conseguimos fechar a negociação a duras penas, às 21 horas do dia 16 de dezembro”, comenta o presidente da Fetiesc, Idemar Antônio Martini.

Para a campanha salarial que envolve a Fetiesc e os Papeleiros de Rio Negrinho, Jaraguá do Sul e Blumenau, as negociações ficaram no seguinte:

Reajuste salarial de 7,5%, Piso Salarial de R$ 1.040,00 de 01.10.2014 à 30.04.2015 e de R$ 1.075,00 a partir de 01.05.2015; Abono de R$ 300,00 a ser pago até 01.04.2015; cesta básica de R$ 90,00 e manutenção das demais cláusulas, inclusive para as contribuições. Para o Sti. Papel de Timbó as bases foram: Reajuste salarial de 7,5%, Piso Salarial de R$ 1.16,40 de 01.10.2014 à 30.04.2015 e de R$ 1.042,80 a partir de 01.05.2015; Abono de R$ 300,00 a ser pago até 01.04.2015; cesta básica de R$ 90,00 e manutenção das demais cláusulas, inclusive para as contribuições.

As Convenções Coletivas de Trabalho foram assinadas com um reajuste salarial, em média, de 7,5%. Em relação ao Piso Salarial os valores são diversos: Três Barras, no valor de R$ 1.302,40 para a empresa Rigesa e de R$ 990,00 para empresas consideradas pequenas; Caçador, R$ 1.050,00; Fraiburgo, R$ 1.060,00; Correia Pinto, Lages e Otacílio Costa, R$ 1.266,00; Itajaí, R$ 1.200,00, e Fetiesc Unificados, R$ 1.075,00. Em relação ao abono salarial os valores também divergem em muito: Três Barras, R$ 1432,00 para a empresa Rigesa e de R$ 967,00 para empresa Milli; Correia Pinto, Lages e Otacílio Costa, de R$ 1.600,00; Itajaí, R$ 1.200,00 e Fetiesc Unificados, R$ 300,00. Cesta básica foi outro ganho da negociação: Três Barras, de R$ 145,00;  Correia Pinto, Lages e Otacílio Costa, R$ 97,00; e Itajaí, R$ 102,00. Os trabalhadores de Lages, Otacílio Costa e Correia Pinto conquistaram auxílio creche de R$ 329,00 e em Itajaí o valor é de R$ 648,00, e de R$ 613,00 a título de Auxílio Medicamentos para os trabalhadores de Lages, Otacílio Costa e Correia Pinto. “Não ganhamos tudo o que queríamos, mas o resultado das negociações foram razoáveis”, opina o presidente da Fetiesc.

Os trabalhadores papeleiros de Vargem Bonita conquistaram 10% de reajuste geral e o Piso salarial passou para R$ 1.067,00, além de uma cesta básica no valor de R$ 100,00 (aumento de 38,9% em relação ao ano passado) e a constituição de uma comissão para discutir o Plano de Saúde, extinção do desconto para a Recreativa (0,5%) para os empregados da empresa Bragagnollo. A negociação em relação aos trabalhadores da empresa Celulose Irani S/A fechou com os seguintes valores e condições: Reajuste salarial 8,20% (oito virgula vinte por cento) a partir de 01/11/2014 – Piso salarial R$ 1.049,54 (Reajuste de 8,20%) Cesta Básica R$ 140,00 – PPR R$ 2.200,00 por funcionário – Plano de saúde e renovação das demais Clausulas da CCT

O último Sindicato a fechar negociação foram os papeleiros de Campos Novos. O Sindicato dos Trabalhadores convocou Assembleia Geral para o dia 22 de dezembro de 2014 para discutir com os trabalhadores a proposta patronal. Após a AGE foi fechado a negociação:  Empresa IGUAÇU PAPELEIRA: Reajuste salarial de 7,7% – Piso Salarial de R$ 940,00 (primeiros 90 dias) e de R$ 1.060,00 (após 90 dias de trabalho), Cartão Alimentação de R$ 250,00. Empresa DICAPEL: Reajuste salarial de 7,5% e Piso Salarial de R$ 940,00 (primeiros 90 dias de trabalho) e de R$ 1.020,00 (após 90 dias de trabalho) e renovação do instrumento coletivo.

Avaliação de 2014 é positiva

Idemar Antônio Martini analisa o ano de 2014 como positivo para o movimento sindical da Fetiesc, em relação ao fechamento das negociações coletivas. “A média de reajuste salarial ficou em 1,85% de ganho real para os trabalhadores e chegamos a uma média de 13,45% de aumento real para os pisos salariais das categorias, apesar da Copa do Mundo e das eleições gerais no país”, informa o presidente da Fetiesc. “Se comparadas em nível nacional, nossas convenções coletivas tiveram mais avanços, graças à determinação e à unidade do grupo de dirigentes sindicais da base da Fetiesc”, avalia, destacando: “Chegamos ao final do ano com muita dignidade e, em termos de atividades, podemos nos orgulhar de sermos uma das Federações de Trabalhadores que mais trabalha no país”.

Para 2015, Martini adianta que “os desafios serão diários, apesar do pessimismo contaminado pelos grandes meios de comunicação”. O presidente da Fetiesc acha que “a onda de pessimismo deve passar” e elogia a postura da presidenta Dilma Rousseff, que “tem apurado e punido todas as denúncias de corrupção no Brasil”. Sobre as dificuldades em negociar o reajuste do Piso Salarial Estadual com a federação patronal (Fiesc), Martini lembra que “a choradeira patronal é conhecida de todos” e que “há uma crise inventada para que as empresas não paguem mais aos seus trabalhadores”. O presidente da Fetiesc destaca o reajuste de 16% para o Piso Estadual do estado do Rio Grande do Sul.

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