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FORMAÇÃO SINDICAL: Sindicatos desenvolverão ações regionais para combater o racismo e a cultura machista no chão de fábrica

Seis núcleos regionais promoverão eventos de formação sindical visando o empoderamento das mulheres sindicalizadas

Tanto o racismo quanto a cultura machista são chagas abertas que maculam a realidade vivida por trabalhadoras catarinenses no chão de fábrica. Tal fato pode ser constatado por diversos relatos de lideranças sindicais que participaram da reunião realizada pela Secretaria da Mulher da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), na manhã da última quinta-feira (25/05), em Itapema. 

Na ocasião, o flagelo das trabalhadoras, vivido dia a dia, fez com que a FETIESC, numa parceira entre as Secretarias da Mulher e de Formação Sindical, criasse seis Núcleos Regionais para trabalhar esses temas junto às trabalhadoras, envolvendo-as nestes debates e empoderando-as para não serem vítimas destes casos. Neste sentido é que os municípios de Joinville, Blumenau, Rio do Sul, Criciúma, Timbó e Caçador organizarão uma agenda de eventos para serem realizados com as bases, de modo a provocar diálogos reflexões com a classe trabalhadora, inclusive abrir caminhos para que as mulheres possam estar representadas nos espaços da política, aproveitando-se das eleições municipais que ocorrem no próximo ano.

Conforme o presidente da federação, Idemar Antonio Martini, as eleições do próximo ano se constituem em uma oportunidade única para que a classe trabalhadora eleja lideranças que estejam comprometidas com as pautas trabalhistas. Para ele, mais do que nunca é necessário buscar a unidade da classe trabalhadora, visto que, nos últimos tempos “Perdemos direitos e temos muitas dificuldades porque nos dividimos. É preciso deixarmos de lado todas as vaidades pessoais e nos unirmos neste movimento para conquistar representação nos poderes constituídos, instituindo políticas públicas que beneficiem a coletividade”.

Por seu turno, o assessor da Secretaria de Formação Sindical, professor Sabino Bussanello, destacou a importância de se fortalecer a organização sindical por meio da escuta atenta da classe trabalhadora e da reflexão coletiva sobre seus reais problemas como: baixos salários, degradação da saúde e as diversas formas de discriminação racial, sexual e moral. “O crescimento exponencial destes casos vem preocupando toda a sociedade e em particular o movimento sindical, que precisam reagir à altura para mudar esse quadro caótico e dramático da realidade brasileira. O trabalho não é e nem pode ser degradado ao estatuto de mera mercadoria e o mundo contemporâneo, apesar de todos os seus avanços tecnológicos, deve garantir trabalho digno a todos livre de toda espécie de ideologias racistas, misóginas e sexistas”, avalia. 

 

Imprensa Fetiesc

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