A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina – Fetiesc esteve presente na 5ª edição da “Greve Geral”, ocorrida no último dia 29 de maio, na Argentina.
O presidente Idemar Antônio Martini e o assessor de formação sindical, prof. Sabino Bussanello foram convidados a participar do chamado “5ª Paro General”, coordenado pelas centrais sindicais (CGT), movimentos populares e setores políticos da esquerda.
A paralisação contou com a adesão maciça do conjunto da classe trabalhadora, empregados, desempregados, comerciários, servidores públicos, educação, saúde, bancários, aeroviários, trens, metrôs, ônibus etc, significando um verdadeiro nocaute no processo produtivo e econômico do país.
A mobilização foi um recado explícito das ruas e da sociedade Argentina contra as medidas neoliberais adotadas pelo governo Macri. “A nossa luta e da classe obreira Argentina é contra o desemprego, a fome e a recessão econômica”, destacou o presidente da Federação dos Trabalhadores do Papel, José Ramon Luque.
Para o presidente da Fetiesc, Idemar Martini “chegar aqui e perceber as fábricas paradas, os comércios fechados e as ruas vazias revela o alto grau de consciência do povo argentino, bem como, a unidade política alcançada pelas principais lideranças e organizações obreiras deste país. Agradecemos imensamente pelo convite e pela oportunidade de estarmos unidos com nossos irmãos argentinos neste momento tão difícil de sua histórica e da história de toda a América Latina, tão repleta de exemplos de lutas e solidariedade coletiva. Levaremos para o Brasil e para Santa Catarina a certeza de que somente a união da classe trabalhadora será capaz de enfrentar os patrões e os governos que não olham para o povo. Somente com unidade de ação poderemos resolver os problemas e mudar os rumos de nossos países”, salienta.
O prof. Sabino Bussanello, destaca “a importância da greve como uma ferramenta de pressão e mobilização popular contra as Políticas Neoliberais e seus mecanismos de empobrecimento do povo. Essas políticas provocam crises e quebradeira nos países, levando ao endividamento público, aos cortes orçamentários e a miséria coletiva. A greve é a expressão do grau de insatisfação do povo com relação a seus governantes e a forma como estão dirigindo o país. Por isso, é importante mudarmos os rumos da política econômica, pois, os trabalhadores não aguentam mais tanto arrocho salarial, desemprego e marginalização social”, sintetiza Sabino.
A participação da Fetiesc, na “5ª Paralisação Argentina”, possibilitou a confirmação in loco de que a UNIDADE DE AÇÃO e a VONTADE POLÍTICA entre as lideranças, organizações e setores populares podem fazer toda a diferença num processo resistência, de reivindicação e mobilização social. Além do mais, possibilita um rico processo de aprendizagem e intercâmbio de experiências entre os países coirmãos, estreitando ainda mais os laços de cooperação e integração internacional.