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NEGOCIAÇÃO COLETIVA/: FETIESC não aceita proposta sem que a indústria garanta um aumento real no salário da classe trabalhadora

Propostas das indústrias é um reajuste de apenas 3,53%, porém nova rodada acontece na próxima semana

Na próxima terça-feira, dia 3 de outubro, às 14 horas, os representantes da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC) voltam a sentar para mais uma rodada de negociação coletiva com os assessores da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). A negociação beneficia a classe trabalhadora das indústrias inorganizadas em sindicatos de primeiro grau dos vários grupos da CNTI. 

A primeira reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira (27/09), da qual participaram o tesoureiro da FETIESC, Landivo Fischer e o assessor jurídico, André Bevilaqua. O lado patronal esteve representado pela Gerente Executiva de Relações do Trabalho da FIESC, a advogada Maria Antônia Amboni. 

Inicialmente a FIESC manteve a proposta de conceder o reajuste salarial na Data-base de agosto, considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses, estipulado em 3,53%; e renovação das demais cláusulas da negociação coletiva anterior. A FETIESC reivindica um reajuste salarial de 5% – considerado inviável pela federação patronal. 

Na ocasião, o assessor jurídico da FETIESC, André Bevilaqua, lembrou que neste ano, em todas as negociações coletivas da base da FETIESC foi obtido ganho real à classe trabalhadora com uma média de reajuste 1% e no piso 2% acima da inflação, o que se constitui em um precedente para melhor a cláusula econômica do reajuste salarial dos trabalhadores catarinenses representados nesta negociação pela FETIESC. 

Por sua vez, o tesoureiro da FETIESC, Landivo Fischer, lembrou que o trabalhador já sofreu muito nos últimos anos, com a alta da inflação e, consequentemente, uma perda muito grande do poder de compra. Avalia também que um reajuste de 3,53% conforme proposto pela FIESC está muito abaixo das expectativas da categoria e não terá um impacto considerável no poder aquisitivo da classe trabalhadora. 

“Considerando que as indústrias de Santa Catarina têm se destacado e crescido mais do que as de outros Estados, devem considerar alguma proposta de reajuste que vá além do INPC para que os seus trabalhadores recuperem o que perderam neste período todo”, advertiu Fischer, lembrando que em 2022 a convenção foi fechada apenas com o índice de reposição da inflação e com isso o trabalhador não está conseguindo recuperar as perdas salariais históricas. “Se não praticarmos convenção coletiva com ganho real os trabalhadores vão continuar sofrendo, sem poder recuperar o poder aquisitivo que tiveram”, finaliza.

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Imprensa Fetiesc

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