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Líderes se manifestam em defesa da vida, saúde e segurança da classe trabalhadora catarinense

Diretores da Federação estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (05/04), em Itapema

Sob a presidência de Idemar Antonio Martini, a diretoria da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina (FETIESC), mandato 2021 a 2026, esteve reunida na manhã desta quarta-feira (05/04), em Itapema, para mais uma reunião de planejamento e avaliação.

Na pauta de discussões entre as lideranças sindicais de todo o Estado destacou-se a premente preocupação com a defesa dos direitos e saúde dos trabalhadores. Neste sentido, dentre os mais consolidados movimentos encabeçados pela FETIESC e entidades parceiras destaca-se o Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora Catarinense (MOVIDA), o qual teve suas atividades interrompidas pela pandemia da COVID-19, porém que a partir deste ano voltará a ser uma bandeira de luta visando alertar a população sobre as doenças laborais, por meio da atuação dos sindicatos.

A preocupação das lideranças sindicais para a reativação do MOVIDA se dá justamente em uma época em que a saúde dos trabalhadores volta a ser colocada em xeque pelo capital. Tal constatação foi ratificada pelo presidente do STI Químicos de Criciúma e primeiro vice-presidente da FETIESC, Carlos de Cordes, o qual relata que durante 2022, pela primeira vez na história do sindicato foi registrada a morte de quatro trabalhadores da categoria, sendo dois da área química e outros dois da plástica. “Devido a essa situação de agravamento de acidentes e mortes é necessário sensibilizarmos tanto o Ministério Público do Trabalho quanto os sindicatos patronais para que eles vejam a situação a que os nossos trabalhadores estão sendo submetidos”.

Corroborando com o exposto, o assessor jurídico da FETIESC, André Bevilaqua, enfatizou aos sindicalistas a necessidade de se manter um canal aberto para divulgação de quem são as empresas que estão colocando em risco a vida e a saúde dos seus trabalhadores, uma vez que a mídia em geral esconde essas informações. 

Conforme ele, as entidades devem se utilizar das suas redes e plataformas digitais para dar publicidade a essas situações. “Não podemos temer e precisamos denunciar todo o descaso e falta de atenção dos empregadores para com a saúde dos trabalhadores”; em especial ao crescente número de  assédio moral registrado dentro das empresas onde se identifica “um exército de pessoas doentes, por conta das pressões subjetivas que acontecem no ambiente de trabalho”. 

Por sua vez, o presidente da FETIESC, Idemar Antonio Martini, ratificou o compromisso da federação para sensibilizar trabalhadores, sindicatos e governos sobre a necessidade de se investir em políticas e práticas que garantam um ambiente de trabalho seguro e saudável. Segundo ele, mais do que nunca os movimentos sindicais devem estar próximos dos trabalhadores a fim de que eles previnam acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, bem como que sejam acolhidos em caso de sofrerem assédio. 

A primeira reunião para reorganização do MOVIDA será realizada no dia 28 de abril, às 14 horas, via videoconferência, com representação de todos os sindicatos que compõem a FETIESC. Nesta mesma data é celebrado o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho.

 

ABRIL VERDE Em nível nacional, de acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho – SmartLab, entre 2012 e 2022 foram registradas 25.492 mortes de trabalhadores em decorrência de acidentes de trabalho. No mesmo período foram registradas mais de 6 milhões de Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT).

Frente a esses números é que criou-se o Movimento Abril Verde, o qual se constitui em uma iniciativa que busca conscientizar a população sobre a importância da saúde e segurança no trabalho.

Imprensa Fetiesc

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