Fetiesc

27 DE JULHO: Hoje é o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho

A data se constitui em um marco da luta dos trabalhadores por ambientes seguros de trabalho

Anualmente o dia 27 de julho é dedicado como marco nacional das medidas de Prevenção a Acidentes do Trabalho. Em 2022 foram registrados no Brasil quase 613 mil acidentes de trabalho em diversas áreas. 2.500 morreram, 7% a mais do que em 2021. Os entregadores por aplicativo e que usam motocicletas para trabalhar estão entre as maiores vítimas de acidentes de trabalho no Brasil. Em 2022 foram registrados 24.642 acidentes envolvendo essa categoria, sendo dados do Observatório de Segurança e Saúde.

Diante desses dados, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC) ratifica sua ideia de que a cultura de prevenção e proteção deve ser reforçada, diuturnamente, e por todos, de modo a salvaguardar a vida da classe trabalhadora. 

Nos governos neoliberais de Temer e Bolsonaro, criou-se um processo de desregulamentação das normas regulamentadores (NRs) do trabalho que estabeleciam mecanismos de salvaguarda e proteção aos trabalhadores e trabalhadoras no ambiente de trabalho. Portanto, nossa luta também é pela retomada e reinstituição desses mecanismos protetivos à classe trabalhadora. 

Para o presidente da federação, Idemar Antonio Martini, esta data não é comemorativa, mas sim de reflexões e ações no chão das fábricas de modo a exigir medidas de proteção da vida dos trabalhadores e das trabalhadoras para que o Brasil deixe de ocupar posição no ranking dos países com maior número de trabalhadores formais acidentados e mortos por acidentes decorrentes do trabalho – isso sem considerar os trabalhadores que vivem às margens da legislação trabalhista. “Essas estatísticas nos envergonham e evidenciam a importância de os sindicatos se manterem na luta por uma nova legislação trabalhista e também protetiva. Temos que mudar a cultura de descaso migrando para uma cultura de prevenção e proteção” afirma Martini, completando que este esforço de defesa pela vida exige a união de sindicatos, empresários, escolas, governos e dos próprios trabalhadores, que são vítimas do poder do capital sobre o trabalho.

Imprensa Fetiesc

Imprensa Fetiesc