Imprensa FetiescEvento contou com a presença de desembargadores da Justiça do Trabalho que defendem a revogação imediata da Reforma Trabalhista e da Previdência
Uma mobilização de entidades sindicais laborais de todo o país reuniu centenas de lideranças e desembargadores da Justiça do Trabalho na defesa da revogação imediata das reformas liberais, tanto da previdência quanto trabalhista, promovidas pelos governos de Temer e Bolsonaro.
O evento aconteceu por meio de uma videoconferência realizada na noite da última terça-feira (12/09), do qual participaram trabalhadores de todo o país, representando o campo e a cidade;a indústria, o comércio e prestação de serviços, tanto da iniciativa privada quanto de setores públicos.
A mobilização denominada ‘REVOGA JÁ!’ é mais uma ação do Fórum Sindical Ampliado (FSA). Um dos organizadores do evento, Idemar Antonio Martini, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), na oportunidade defendeu a realização de uma mobilização de toda a classe trabalhadora que quer o bem da nação brasileira, na defesa da revogação das reformas. “Ou nos mobilizamos ou a cúpula vai apresentar uma reforma sindical que será um suicídio para o Brasil. Precisamos mobilizar os poucos congressistas que temos. Fico apreensivo quando ouço o vice-presidente da República afirmando à classe empresarial que nesse governo não será alterado nada da legislação trabalhista e previdenciária”, afirmou Martini.
Traçando uma retrospectiva das ações realizadas nos últimos meses, o assessor de formação sindical da FETIESC, professor Sabino Bussanello destacou que o Fórum Sindical Ampliado (FSA) tem se constituído como uma trincheira de resistência e resiliência do movimento sindical brasileiro, construindo documentos e proposituras para o Governo do Presidente Lula, em que constam uma série de indicativos e propõe a revisão de aspectos centrais das reformas trabalhista e sindical de Temer e Bolsonaro.
Bussanello também explica que a organização dessas entidades agremiadas pelo FSA, se deve ao fato de o movimento sindical não concordar com algumas propostas apresentadas pelo grupo de trabalho criado pelo Governo Federal, pois apresenta pontos que não são consenso nas entidades sindicais.
Diante deste inconformidade é que nos últimos meses o FSA se dedicou a ouvir as bases e elaborar um Projeto de Lei e uma Medida Provisória – já entregues ao governo e subscritos por mais de 330 entidades sindicais laborais que representam em torno de 20 milhões de trabalhadores – os quais até o momento não foram considerados nem pelo Governo, muito menos pelo Congresso Nacional.
“Não podemos abrir mão de seguir esse movimento contra a implosão da estrutura atual do sistema sindical (unicidade). Também somos contrários à implosão da Justiça do Trabalho, que representa papel fundamental no equilíbrio de forças entre capital e trabalho. O terceiro ponto é o resgate central das condições mínimas de trabalho, contrários à precarização continuada dos direitos trabalhistas (fim da terceirização, retorno da homologação das rescisões pelos sindicatos, a regulamentação do trabalho em plataforma e o fortalecimento da negociação coletiva), e em defesa do resgate dos principais direitos que foram perdidos com o golpe de 2016 e impostas goela abaixo”, complementa o professor Bussanello.
Dentre os encaminhamentos da reunião, as lideranças sindicais e os magistrados decidiram elaborar uma carta coletiva em defesa do ‘Revoga já!’, constando as principais propostas a serem reivindicadas junto ao Governo do Presidente Lula, com o objetivo de unificar o movimento sindical e resgatar os direitos da classe trabalhadora por meio de uma luta alicerçada nas bases sindicais.
O debate que teve mais de 550 entidades inscritas foi mediado pelo Desembargador do TRT-4, Dr. Marcelo Ferlin D´Ambroso, com a participação dos também Desembargadores, Dr. Luiz Alberto de Vargas (TRT-4); Dr. Jorge Luiz Souto Maior (TRT-15 – aposentado); Dra. Brígida Joaquina Charão Barcelos (TRT-4) e Dra. Magda Barros Biavaschi (TRT-4 – aposentada). A participação do desembargador Dr. Mário Sérgio Medeiros Pinheiro (TRT-1) e da Juíza do Trabalho, Dra. Ana Paula Alvarenga Martins, restou prejudicada por estarem em viagem internacional e não conseguirem acessar o ambiente da videoconferência.
Assista o evento na íntegra AQUI
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