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REVOGA JÁ! CTB e NCST manifestam apoio ao ‘REVOGA JÁ!’ na defesa da classe trabalhadora

Lideranças das suas centrais estiveram presentes na mobilização de centenas de entidades sindicais de todo o país realizada nesta semana

A mobilização sindical desempenha um papel crucial na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores. É através da união e ação coletiva que os sindicatos têm o poder de efetuar mudanças positivas e lutar por condições de trabalho justas.

Através da mobilização, os sindicatos conseguem unir os trabalhadores em torno de objetivos comuns e, ao promover a solidariedade e a cooperação, eles se tornam uma poderosa força capaz de enfrentar questões como salários inadequados, condições perigosas de trabalho e tratamentos injustos.

Com este entendimento é que lideranças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), uniram suas forças ao movimento ‘Revoga Já!’, organizado pelo Fórum Sindical Ampliado (FSA), que na última terça-feira (12/09) promoveu uma grande mobilização nacional em que reuniu lideranças sindicais e desembargadores da Justiça do Trabalho para exigir do Governo Federal providências urgentes contra as reformas liberais, tanto trabalhista quanto da previdência, impetradas pelos governos de Temer e Bolsonaro.

Durante o evento, o presidente NCST, Moacyr Auersvald, lembrou às centenas de lideranças sindicais que apesar de a classe trabalhadora ter logrado êxito com a eleição de Lula em 2022, não conseguiu eleger representantes no Congresso Nacional, onde as forças reacionária e liberais dominam e se contrapõe às reformas e à classe trabalhadora. Também lembrou que antes das eleições, Lula tinha acenado com a possibilidade de fazer um ‘Revoga já’, porém após ter assumido a presidência não falou mais sobre o assunto. Quanto ao movimento organizado pelo FSA, Auersvald considera ser “Uma manifestação justa, porque não se quer avançar em nada, mas recuperar o que a classe trabalhadora perdeu”. Conforme ele, “É dever e função do movimento sindical fazer pressão, cobrar e ir pra rua pressionar os parlamentares para que eles atendam as nossas reivindicações”. 

Por seu turno, o vice-presidente nacional da CTB, Ubiraci Oliveira, participou da mobilização e denunciou que há um setor do movimento sindical que elaborou um projeto que, na sua opinião, acabará com a unicidade sindical e a justiça trabalhista. Diante isso, Oliveira declarou seu apoio ao ‘Revoga Já!’ o qual, além da revogação das reformas trabalhistas e previdenciária, levanta a bandeira em defesa da negociação coletiva e da homologação rescisões e acordos nos sindicatos, além de exigir o fim da terceirização de atividades fins que levam ao trabalho escravo, e a defesa de acesso gratuito à Justiça do Trabalho e a manutenção do acordo anterior até a efetivação do novo acordo (ultratividade). “Precisamos defender o sindicato como base fundamental  para a negociação coletiva. A nossa defesa pelo sistema confederativo já começa a minar a tentativa daqueles que querem mudar o sistema sindical para fortalecer uma ou duas centrais em detrimento de todo o movimento sindical brasileiro”, declarou o vice-presidente. 

Já o sindicalista Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS, defende a legitimidade do ‘Revoga Já!’ afirmando que as reformas trabalhistas e previdenciárias se constituíram nas maiores regressões civilizacionais do Brasil, as quais causaram tantos males à classe trabalhadora brasileira. Vidor defendeu ser urgente a realização de um grande movimento de resistência, resgatando as questões principais a ser revogadas e incluindo na pauta assuntos que interessam toda a sociedade brasileira, como a correção da tabela do Imposto de Renda com isenção para quem ganha até R$ 5 mil e uma política de valorização do salário mínimo. “Precisamos mobilizar toda a sociedade para fazer um grande movimento nacional, de modo que possamos avançar no Congresso que é totalmente desfavorável às causas sociais e trabalhistas”, considerou. 

O debate que teve mais de 550 entidades inscritas foi mediado pelo Desembargador do TRT-4, Dr. Marcelo Ferlin D´Ambroso, com a participação dos também Desembargadores, Dr. Luiz Alberto de Vargas (TRT-4); Dr. Jorge Luiz Souto Maior (TRT-15 – aposentado); Dra. Brígida Joaquina Charão Barcelos (TRT-4) e Dra. Magda Barros Biavaschi (TRT-4 – aposentada). A participação do desembargador Dr. Mário Sérgio Medeiros Pinheiro (TRT-1) e da Juíza do Trabalho, Dra. Ana Paula Alvarenga Martins, restou prejudicada por estarem em viagem internacional e não conseguirem acessar o ambiente da videoconferência. 

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Imprensa Fetiesc

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1 comentário

  • Bom dia, positivo o debate. Perdemos muito pela divisão das centrais sindicais e iremos perder mais, pois a pluraridade está na fala da CBIC, inclusive juiz Otávio Calvet com falas terríveis na apresentação da CBIC dia 14/09/2023. Se faz necessário que a proposta feita por outras centrais que não fazem parte deste processo de união, nãoprejudiquem mais os sindicatos, que tenhamos política sindical e menos política partidária, o sindicato de base representa todos os trabalhadores independente do voto dele, isso não significa que não possa discutir o bem que se faz através de um governo progressista. De qualquer forma, as iniciativas das entidades no REVOGA JÁ, estão mexendo com o setor econômico e temos de mexer com os nossos representados. Parabéns!