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FFS 2023: Fórum encerra com aprovação unânime das diretrizes e metas do sindicalismo laboral para 2024

Rio Grande do Sul será a sede do próximo encontro 

Por unanimidade, os dirigentes sindicais que participaram da 15ª edição do Fórum Sindical Sul (FSS 2023), realizada entre 25 e 27 de outubro, em Campo Grande (MS), aprovaram a carta de encaminhamentos e compromissos redigida após os três dias de debates. 

Os compromissos do movimento sindical laboral conduzem à reversão dos principais retrocessos e perdas de direitos, de modo a avançar nas lutas coletivas para melhorar o ambiente de trabalho e a dignidade da classe trabalhadora.

As diretrizes e metas estão divididas em seis eixos de atuação: 1) Participação na política partidária dos dirigentes sindicais; 2) Formação Sindical; 3) Comunicação; 4) Trabalho de base; 5) Fórum Sindical Ampliado e 6) Congregação do sindicalismo na América Latina. 

No primeiro item os participantes expressam a importância de o movimento sindical, por meio de seus dirigentes, sindicalizados ou trabalhadores da base,  disputar as eleições em 2024; bem como participar da política local, por meio da inserção nos conselhos municipais, para defender os interesses da classe trabalhadora.

Outro compromisso está em estabelecer a pauta do movimento sindical para negociação no Congresso Nacional, de modo que se possa recuperar os principais direitos perdidos por meio das reformas Trabalhista e Previdenciária. No mesmo campo está a garantia da Contribuição Negocial – cuja constitucionalidade já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal – para custeio e manutenção do sistema confederativo (central, confederação, federação e sindicatos), deliberada de modo soberano pela assembleia, sem direito de oposição.

Os participantes também se comprometeram em apoiar, divulgar e defender o Estatuto do Trabalho, idealizado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), participando em todas as instâncias da sua formatação, buscando a sua aprovação em um movimento com todas as bancadas do Congresso Nacional.

Dentre as metas do sindicalismo laboral reunido no FSS 2023 há a estruturação da Escola Sindical da Classe Trabalhadora e a luta para garantir que mulheres e jovens da categoria sejam liberados, sem custo, para participarem de cursos oferecidos pelos sindicatos.

Há também a meta de se estruturar a Central Nacional de Comunicação Sindical, unificando a forma e os métodos de informação, de modo que se possa conquistar a confiança e a credibilidade do movimento sindical junto à classe trabalhadora, com uma concepção ideológica de esquerda.

Dentre os vários compromissos assumidos pelos dirigentes sindicais destaca-se também a necessidade de se intensificar a participação dos dirigentes sindicais nos trabalhos de base junto à categoria, além de agregar a participação dos jovens no movimento sindical e estabelecer um programa de combate à toda forma de violência contra a mulher trabalhadora (física, política ou simbólica), estruturando uma rede de apoio sindical para que a mulher seja respeitada e participe nos espaços públicos.  

Por fim, no documento os líderes se comprometem em incentivar o intercâmbio entre os sindicatos laborais organizados em todos os países da América Latina para troca de experiência e lutas, unificando em todos os países a pauta de redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário. 

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), Idemar Antonio Martini, “O documento de Campo Grande representa o compromisso dos dirigentes sindicais dos quatro estados em construir uma pauta unificada de luta que possa resgatar os principais direitos perdidos pela classe trabalhadora, gerando mais justiça e equidade nas relações entre capital e trabalho”.

Já para o assessor de formação sindical da FETIESC, professor Sabino Bussanello, o documento de Campo Grande, colocou na ordem do dia a importância da disputa política de projetos que visem “Superar as desigualdades, gerar empregos formais e de qualidade, promover crescimento dos salários, garantir a proteção social, trabalhista e previdenciária à classe trabalhadora, bem como a sustentabilidade ambiental, a inovação e o conhecimento científico”. Portanto, nosso comando deve ser único: “disputar, organizar e formar a classe trabalhadora e seus dirigentes”, conclui Bussanello.  

A próxima edição do Fórum Sindical Sul (FSS) será realizada em 2024 no estado do Rio Grande do Sul, ainda com local e data a serem definidos pela comissão organizadora.

Para ter acesso à cópia integral do documento CLIQUE AQUI

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